A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) afirmou que o relator especial da Organização dos Estados Americanos (OEA) para a liberdade de expressão, Pedro Vaca, demonstrou surpresa ao ouvir os relatos sobre censura no Brasil durante sua visita ao país.
Em entrevista ao Jornal da Oeste desta quarta-feira, 12, a parlamentar disse que saiu do encontro com a sensação de que a denúncia feita pelos parlamentares e jornalistas presentes teve impacto sobre o representante internacional. “Minha impressão foi de que ele estava impressionado com todos os relatos.”
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Para Bia, a reunião teve um tom diferente das interações anteriores com a OEA, que, segundo ela, costuma responder rapidamente a demandas da esquerda, mas ignorar as queixas da direita brasileira.
“Entramos dispostos a colocar as nossas insatisfações com a OEA, que nós já peticionamos várias vezes, já estivemos lá e nunca houve uma resposta”, criticou a deputada. “Quando se trata de pessoas alinhadas à esquerda, a resposta é sempre rápida e efetiva.”
Durante o encontro, os parlamentares exibiram materiais que comprovariam que a censura no Brasil começou bem antes dos atos de 8 de janeiro. Um dos exemplos apresentados foi a capa da revista Crusoé, que em 2019 foi censurada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por divulgar uma reportagem sobre o ministro Dias Toffoli.
“Foi muito importante a gente ter mostrado a capa da revista Crusoé porque o Pedro Vaca esteve no STF antes de estar conosco”, disse a deputada. “E lá o ministro Barroso e o ministro Alexandre afirmaram que todos os bloqueios foram em razão dos ataques do dia 8 de janeiro.”
Denúncia de censura e perseguição política
A reunião contou com a presença de diversos parlamentares da oposição, como os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Marcel van Hattem (Novo-RS), além do senador Eduardo Girão (Novo-CE). O grupo relatou ao representante da OEA casos que, segundo eles, demonstram perseguição política no Brasil.
Além das denúncias apresentadas pelos congressistas, familiares de pessoas presas ou investigadas por envolvimento nos atos de 8 de janeiro participaram das oitivas com Pedro Vaca. De acordo com Bia, os relatos dessas famílias foram um dos momentos mais marcantes do encontro.
A deputada mencionou que cobrou de Vaca um compromisso da OEA para que as denúncias feitas pela oposição sejam levadas a sério e debatidas em instâncias internacionais. “Queremos ser ouvidos por todos da comissão.”
A expectativa de Bia Kicis sobre os próximos passos da OEA
Bia Kicis afirmou que a reunião com Pedro Vaca foi gravada, algo que, segundo ela, não costuma ocorrer em encontros da OEA. Ela acredita que isso possa significar um comprometimento maior da organização com as denúncias apresentadas.
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A deputada ressaltou que a oposição continuará a pressionar organismos internacionais para que investiguem os casos de censura no Brasil. “Estivemos várias vezes nos Estados Unidos”, disse. “Estivemos na OEA, nossa reunião em novembro foi adiada para fazer essa visita.”
Por fim, Bia reforçou sua esperança de que as denúncias feitas à OEA resultem em ações concretas. “Fiquei satisfeita com a audiência de ontem, porque fomos vários parlamentares”, afirmou. “Inclusive alguns que não são da ala bolsonarista e que também colocaram questão de perseguição, de censura.”
Leia também: “Os exilados políticos do 8 de janeiro”, reportagem de Carlo Cauti publicada na Edição 229 da Revista Oeste
VAMU VER SE VAI ACONTECER ALGO MESMO OU SE VAI SER SOMENTE MAIS UM ENGODO DE 72H, ATÉ O PROXIMO PRESIDENTE DAR UMA DE SALVADOR E DESCONDENAR TODOS EXATAMENTE COMO TRUMP FEZ. TUDO É TEATRO DESSES LIDERES DE PARTIDO, É UMA AGENDA.