Imagine uma cidade onde o Bolsa Família é responsável por fomentar a economia da região e, ao mesmo tempo, por impedir a ascensão social dos mais pobres. Pois ela existe. Trata-se de Mari, que fica no interior da Bahia.
Oeste esteve na cidade baiana e conta como é o dia a dia da população local. “Em Mairi, ter um emprego com carteira assinada é privilégio de poucos”, escreve Arthur Piva, em reportagem publicada na Edição 190 da Revista Oeste. “Com 18 mil moradores, menos de mil deles (5%) têm um emprego — seja formal, seja na informalidade. Desses, quase 600 trabalham na prefeitura. Como resultado, o salário da esmagadora maioria é extremamente baixo.”
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A reportagem mostra que essa mistura de desemprego, remuneração ínfima e falta de perspectiva empurra a maior parte da população para a dependência de programas sociais, especialmente o Bolsa Família. Atualmente, 4,5 mil famílias dependem da ajuda federal em Mairi. Pelas estimativas do governo, 10 mil moradores (56% dos habitantes) precisam do auxílio.
Leia um trecho da reportagem sobre Mairi, cidade refém do Bolsa Família
A situação é bem diferente de cidades como Luís Eduardo Magalhães, também na Bahia, onde 30% da população têm emprego. Em Mucugê, na Chapada Diamantina, a taxa é 27%. No município de Petrolina — um dos grandes produtores de fruta do Brasil — 19% da população está ocupada.
No Estado de São Paulo, esse índice cresce consideravelmente. Em São Caetano do Sul, por exemplo, quase 75% dos moradores têm uma ocupação remunerada. No município paulista, apenas 4% da população precisa do Bolsa Família. O PIB per capita é de R$ 86 mil por ano. A prefeitura responde por menos de 3% da mão de obra empregada no município. O grande motor da economia é o setor privado.
Em Mairi, boa parte de quem recebe o Bolsa Família complementa a renda por meio de bicos e trabalhos informais. Na prática, a porta de saída dessa situação é só uma: a rodovia BR-407 — que leva a cidades com mais oportunidades. Resta muito pouco para quem fica.
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Revista Oeste
A Edição 190 da Revista Oeste vai além do texto de Arthur Piva. A publicação digital conta com reportagens especiais e artigos de Augusto Nunes e Cristyan Costa, J. R. Guzzo, Ana Paula Henkel, Alexandre Garcia, Guilherme Fiuza, Silvio Navarro, Rute Moraes e Marine Agostine, Rodrigo Constantino, Roberto Motta, Dagomir Marquezi, Brendan O’Neill, Evaristo de Miranda, Carlo Cauti, Daniela Giorno e Paula Schmitt..
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Tristeza um sistema que incentiva a dependência ao Estado: local de incapazes e/ou alienados!