O ex-presidente Jair Bolsonaro foi multado pelo menos oito vezes no Estado de São Paulo, por não usar máscara durante a pandemia de covid-19. Levantamento do jornal O Globo informou que essas supostas penalidades somam R$ 800 mil. Em valores atualizados, chegam a R$ 1,2 milhão.
A primeira multa aplicada a Bolsonaro ocorreu durante um evento na capital, de R$ 552, em junho de 2021. Depois, na mesma cidade, recebeu outra, de R$ 319,7 mil. Posteriormente, em Sorocaba (R$ 552); Presidente Prudente (R$ 607); Eldorado e Iporanga (R$ 47,9 mil, cada); Ribeira (R$ 63,9 mil) e, em outubro, recebeu a última, em Miracatu (R$ 319,7 mil).
Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também se tornou alvo do então governador João Doria, em virtude das participações em eventos ao lado do pai, no Estado de São Paulo. O deputado foi autuado quatro vezes, e as multas somam R$ 97 mil (R$ 131 mil em valores atualizados), segundo O Globo.
As multas de ambos estão sendo discutidas em ações na Justiça paulista. Das 12 multas aplicadas aos dois políticos, sete, de valores mais altos, viraram ações judiciais de cobrança, disse o jornal. A defesa de Bolsonaro tenta anular uma das multas, com a alegação de que os valores estão acima do razoável e destoam daquilo que foi cobrado de outros cidadãos.
Recentemente, um juiz de São Paulo mandou bloquear R$ 500 mil nas contas de Bolsonaro para pagar uma das multas.
Aliado de Bolsonaro, deputado conseguiu anular multa por não usar máscara
O deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ) conseguiu anular duas multas do governo de São Paulo por não usar máscara contra covid-19 em eventos públicos no Estado. Ele estava ao lado de Jair Bolsonaro na motociata na capital paulista e participou da cerimônia de entrega de títulos de propriedade rural no município de Miracatu. As autuações somavam R$ 43 mil.
O juiz Felipe de Melo Franco, do 4º Juizado Especial Cível, entendeu que as multas foram aplicadas com desvio de finalidade e se configuravam como perseguição política. O governo de João Doria não conseguiu demonstrar que todas as pessoas no evento, sem máscara, foram multadas, mas apenas o deputado e pessoas do mesmo grupo político.
O magistrado ainda considerou que nenhum aliado político do governo Doria foi autuado por não usar máscara. Isso levou o magistrado a concluir que existe “prova bastante concreta de que a ação de fiscalização teria sido direcionada aos inimigos políticos”.
O magistrado também afirmou que nenhuma autoridade flagrada sem máscara foi autuada com base em fotografias, como aconteceu com Lopes. “Não se tem notícia na defesa do réu [governo de São Paulo], ou mesmo por outra via, de que os agentes públicos que apoiavam o governo estadual tenham sido multados quando surpreendidos sem a máscara”, escreveu.
“Foi inclusive objeto de polêmica não só nacional como internacional o fato de vários defensores do uso da máscara terem sido surpreendidos sem fazer o uso do aparato, como políticos e influencers, não se tendo notícia de que foi usada a fotografia e aplicada multa a essas pessoas, pois teriam que dar o exemplo do que defendiam”, acrescentou o magistrado, afirmando, ainda, que em uma das multas contra Lopes havia a inscrição “atendendo à determinação superior”.
Essa nossa justiça deveria estar preocupada dos milhoes desviados quando houve a pandemia , e nao se preocupar com uso de mascara de Bolsonaro.
EDUARDO SIQUEIRA,O DESEMBARGADOR QUE RASGOU A MULTA POR NÃO USAR MÁSCARA E AINDA HUMILHOU O GUARDA QUE O MULTOU PAGOU A MULTA ?
Muitos não usavam máscaras a época. O Doria inclusive, não fazia uso da mesma, sendo diversas vezes pego sem máscaras serelepe por aí.
Não estou surpreso.Estamos numa ditadura que a cada dia se torna mais truculenta.
O Judiciario com atuação cada vez mais ridícula. Vergonha nacional!
Teve gente da política petista e outros magistrados e procuradores que não usaram máscara. Eles nem foram criticados por isto. Ou seja, a perseguição é implcável.
A pandemia foi o presente da China para os tiranos.