“Não se chega a lugar nenhum com a estratégia de colocar no presidente a culpa de tudo”, afirma J. R. Guzzo
J. R. Guzzo (publicado no jornal O Estado de S. Paulo, em 27 de setembro de 2020)
É um dos fenômenos mais curiosos que a vida pública brasileira tem para apresentar no presente momento. A vida passa, o mundo gira, o homem trabalha para montar uma colônia em Marte — e o Brasil, com seus 220 milhões de habitantes, 33 partidos e cerca de 65 mil cargos públicos preenchidos por meio de eleições livres, tem hoje um político só: o presidente Jair Bolsonaro. Não é que esteja isolado — é que não se fala de ninguém mais, e com isso ele acabou ficando sem concorrentes, ou sem concorrentes realmente capazes de concorrer a alguma coisa. Nenhum presidente da República, por mais importante que seja, e por mais pecados que cometa ou méritos que possa ter, merece tanta atenção desse jeito. Mas aí é que está: é o que temos no momento. Bolsonaro, mais Bolsonaro e só Bolsonaro.
O presidente deve a sua posição de Rei da Cocada Preta exclusivamente ao conjunto da obra de seus adversários políticos de todas as naturezas; foram eles, e ninguém mais, que o colocaram lá. É simples. Há mais de dois anos, antes mesmo de Bolsonaro entrar no Palácio do Planalto, concentram toda a sua energia, a sua atividade mental e o seu tempo em falar mal dele; não mudam de ideia e não mudam de assunto. É algo parecido ao que os clínicos de psiquiatria chamariam de “comportamento obsessivo”. Tudo bem, mas o resultado desse estilo de ação política é que não existe no momento ninguém dizendo à população o que, na prática, iria fazer de diferente do que o governo Bolsonaro tem feito desde a sua posse. E um candidato de verdade para substituí-lo nas próximas eleições presidenciais? Isso aí, então, nem pensar. Se os adversários colocam 100% dos seus esforços em dizer que o presidente é um horror, mas não têm nenhuma sugestão coerente sobre o que fazer a respeito, o que sobra, na vida política real, é Bolsonaro.
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Não adianta nada, como a oposição faz o tempo todo, ficar dizendo: “Qualquer um, menos Bolsonaro”. É indispensável que esse “um” apareça; se não aparecer, ele continua jogando a partida sem a presença do outro time no campo. Também não se chega a lugar nenhum com a estratégia de colocar no presidente a culpa de tudo. Os 140 mil mortos da covid-19? Foi Bolsonaro quem matou. Incêndio no Pantanal? Desmatamento da Amazônia? Desemprego? Agrotóxicos? Culpa dele. É como nos tempos em que tudo, do ovo frito ao sistema solar, era “obra de Maluf” — quanto mais se fala, menos as pessoas realmente acreditam no que está sendo falado. O fato é que nunca o presidente apanhou tanto como hoje, e nunca a sua aprovação popular esteve tão alta — 40% dos brasileiros acham que o seu governo é ótimo ou bom, segundo a última pesquisa do Ibope. Pesquisas de opinião, como as salsichas, são coisas de conteúdo duvidoso; mas, se são levadas a sério quando falam mal, a mesma regra deve valer quando falam bem.
Algo deve estar errado com o Brasil quando os grandes personagens do noticiário político são o senador Alcolumbre, o ministro Dias Toffoli e o apresentador de tevê Luciano Huck — ou quando a maior esperança dos adversários de Bolsonaro é que o STF invente uma gambiarra qualquer para resolver a sua vida. Não pode ser normal, ao mesmo tempo, que o nome mais citado como alternativa para o país seja um ex-presidente que foi condenado, e cumpriu pena de prisão, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro — em três instâncias e por nove magistrados, fora que tem outra condenação no lombo, já em segunda instância, e mais uma penca de processos pela frente. Quem quer um Brasil sem Bolsonaro tem de fazer melhor do que isso. Se não fizerem, as coisas vão continuar como estão.
Guzzo, Vc como sempre via ao ponto. Não votei no Bolsonaro no 1T e me arrependi. Por outro lado foi bom pra ver aonde chega o ser humano que se aproveitou para se eleger nas cotas dele. Hoje a mascará caiu pra muitos políticos e tenho a certeza que em 2022 a população vai varrer essa turma do mapa.
A maioria da população está se desligando de alguns tótens do jornalismo, da política e da fofocas imperialistas do centro do País, SP e RJ (peço desculpas aos puros, que existem). O Brasil hoje está numa rede de informações mais ampla do que se imagina. E o povão já está percebendo o que é mentira e o que é verdade, o que é fofoca, politicabem, semvergonhice e notícias plantadas, colunistas militantes, etc. Também já estamos tendo uma noção de república democrática onde governadores e prefeitos também têm responsabilidade e deveres. Veja o caso dos incêndios no pantanal e a questão da volta às aulas. Os prefeitos e governadores nunca trabalharam tanto na vida! Recebem pressões de todos os lados e de eleitores próximos. A desculpa que tudo tem que ser com o governo federal caiu por terra. E esquerda ainda acha que se aumenta o número de assaltos na cidade ou falta água, a culpa é do Bolsonaro! E está ficando desgastante ouvir bate-boca dos extremistas dos dois lados: os lulistas chamam os bolsonaristas de gado; e os bolsonaristas chamam os lulistas de escravos que não conseguem alforria…
O governo erra e se mostra flexível para corrigir os erros, mas a oposição idiota está levando o presidente a maior popularidade porque a realidade se sobrepõe as narrativas.
É triste ver que o motivo de tão ferrenha oposição seja realmente o interesse econômico e ideológico.
Guzzo, perfeita observação, perfeita crítica. O Bolsonaro não é perfeito, como nós também não somos. Ele não fez nada de escabroso para merecer tamanha exposição negativa. Governo sem corrupção até agora, projetos reestruturantes aprovados ou em andamento, retomada de obras paralisadas há anos e décadas, resgate de valores da civilização. Tudo isso devemos ao governo Bolsonaro. Críticas pontuais podem e devem ser feitas, claro. O resto é argumento de pilantras intelectuais e políticos rasteiros.
Mestre Guzzo, li este teu artigo no Estadão de 27/09 e já lhe escrevi a respeito, concordando com tua manifestação a respeito do governo Bolsonaro, mesmo que não admiremos alguns de seus comportamentos, mas entendemos que vem procurando cumprir suas promessas de campanha, em larga medida impedidas pelo Legislativo e Judiciário e pela tradicional imprensa, que desde o inicio do seu governo destilam ódio e ignoram os fatos com versões incendiárias, verdadeiras fake news.
Foi como li no mesmo dia, mais um editorial do Estadão, “Elogio à irresponsabilidade”, que culpa o governo Bolsonaro, contrariando exatamente tuas colocações das falsas informações. Penso que seria admissível que tal manifestação de ódio ao governo Bolsonaro fosse de enfadonhos e numerosos jornalistas e celebridades especialmente tucanas que escrevem no Estadão, em respeito a pluralidade de opiniões, mas, insistentemente em editorias é lamentável para tão importante jornal. Pior, em certo trecho desse editorial faz esta afirmativa: “a irresponsabilidade de Bolsonaro pode até lhe render algum apoio entre OS BRASILEIROS INCAPAZES”.
Afinal, ofender eleitores deste governo como “brasileiros incapazes”, não é crime de ofensa a grande parte da população, ou esta protegida pela liberdade de expressão da imprensa? Lembro que recentemente, destacado membro da PGR pediu abertura de inquérito para possível crime de homofobia contra o ministro da educação, por ter dito em entrevista sua opinião pessoal e religiosa, de que em alguns casos do adolescente homossexual têm um contexto familiar muito próximo, basta fazer uma pesquisa. São FAMILIAS DESAJUSTADAS, algumas. Falta atenção do pai, falta atenção da mãe.
Neste caso, conforme o decano do STF Celso de Mello recentemente legislou, HOMOFOBIA é igual RACISMO, e no caso BRASILEIROS INCAPAZES é igual o que?
Parabéns Guzzo e a toda equipe da revista oeste por nos proporcionar comentar seus importantes artigos, elogiados entre a maioria dos leitores.
Bolsonaro 2022
#Bolsonaro2022
Bolsonaro sem dúvidas é a única e portanto a melhor opção para 2020. Mais seis anos de faxina, o entulho acumulado é imenso.
Exatamente isso.
O que atrapalha o Brasil são os maus-caracteres e alienados de esquerda que, em total paradoxo, fazem com que ele cada fez mais se solidifique na Presidência.
São, com todos nós já sabemos, além de possuidores de transtornos psíquicos, os que não são apenas corruptos, tão limitados que não conseguem entender a relação o nexo-causal de suas ações com a constante subida de conceito de Bolsonaro.
Triste do país que se deixou tomado pela esquerda em três gerações!
Este “comportamento obsessivo” é desespero!! Não sabem mais o que fazer pra “derrubar” Bolsonaro. Todos os planos FRAJOLA 1, 2, 3, 4…. falharam!!
O fato da Lua ser redonda, com certeza, é culpa do Messias. Tudo mais, é oportunismo político.
Esquerda sendo esquerda. Contra tudo e a favor de nada. Felizmente Bolsonaro será reeleito no primeiro turno e a nossa parte é escolher os demais políticos afinados com a sua política econômica e social.
Eu votei no Bolsonaro e não me arrependo! Algumas tive algumas duvidas quando Moro saiu do ministério, aguardei o desfecho e vi que tudo que Moro falou não era verdade. Fiquei aliviado e frustrado pois confiava em Moro e somente não entendi o motivo de atacar o Bolsonaro. Agradeço muito ele tentando acabado com a corrupção naquele momento e prender o maior ladrão do dinheiro publico luladrão. Mas Bolsonaro 2022 vai continuar, apesar da luta que trava com esse congresso de depuratos, senaratos e oportunistas que se elegerem na onda do Bolsonaro, sem contar o famigerado STF onde está a maior organização de advogados do crime organizado.
Bolsonaro 2022!!!!
Eu fico é com medo dos partidos “ditos” d direita ou conservador q estão aparecendo. No fundo os seus integrantes tem a ideologia d esquerda e estão vestindo o partido com outra cor, p poder surfar na onda.
Eu votei no Bolsonaro. Ah, se arrependimento matasse! Deixou de cumprir a grande maioria de suas promessas de campanha. Interferiu, sim, na Polícia Federal. Declarou que quer no STF um Ministro, carta que já está na sua manga, que tome cerveja com ele em finais de semana. É papel da imprensa apontar tudo isso. Merecer estar na berlinda. Se Sergio Moro for candidato terá o meu voto. Quer me parecer, com todo o respeito, que o tarimbado jornalista já tem o seu. Falo de boca cheia que o meu é muito melhor.
Uma pequena correção no meu comentário. Eu quis dizer que “merece estar na berlinda”. Grafei erroneamente “merecer”.
VC GRAFOU ERRONEAMENTE O COMETÁRIO TODO.
Exato.
Esse teu “cometário” foi grafado corretamente, José Ailton. E seja mais educado. Não precisa gritar escrevendo em caixa alta. Cordiais saudações.
Você é um palerma completo…vai vomitar tuas asneiras nos pasquins de esquerda que são da tua laia…E tem mais, o des moro nou…. ahahahah, não ganha nem pra sindico do condomínio dele!
Vai dxr pra quem tem tempo!
Grosseiro, Franendirreirabr, não fique nervoso com opiniões contrárias à tua. Vamos debater com civilidade. Vc embarcou em barca furada e isso será comprovado em muito pouco tempo. Bolsonaro é louco incurável.
Sempre disso isso. O comportamento idiota da esquerda de demonizar o Bolsonaro não deu certo em 2018 e não dará em 2022. Ainda bem que não possuem inteligência suficiente para perceberem o erro
Mas a oposição só tem mais do mesmo para mostrar. Ou seja, continuarão falando de Bolsonaro.
Deixa bater, bate mais que #Bolsonaro2022 aguenta. Ali é massa boa com fermento de qualidade, pode bater que cresce.