Jair Bolsonaro (PL) disse ter conversado com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre a criação do Projeto de Lei 2.858/22, mais conhecido como PL da Anistia. A declaração foi dada durante visita ao Senado Federal, nesta terça-feira, 29.
O presidente de honra do PL negou ter interesse na “paternidade” do PL da Anistia. Bolsonaro ainda declarou ter interesse que “alguém do PT seja o pai da anistia”.
“Eu gostaria que o Lula tomasse essa iniciativa de anistiar”, afirmou. “Porque eu entendo, com todos os defeitos que ele tem, será que ele não tem coração também. Não sabe quem está preso também? São pessoas humildes.”
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O ex-presidente destacou que cada vez mais parlamentares entendem que não houve uma “tentativa de golpe” em 8 de janeiro de 2023, “muito menos armada”. “Muito menos um grupo de pessoas unidas que tinham como objetivo mudar o Estado Democrático de Direito”, afirmou.
Bolsonaro destacou que há “muita gente inocente” cumprindo pena por envolvimento na manifestação. Definiu a revisão das prisões e penalidades como uma “questão humanitária”.
Bolsonaro dialoga no Legislativo em prol da anistia
O ex-chefe de Estado relatou ter conversado, além de Lira, com a presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Carol de Toni (PL-SC) e o relator do projeto, Rodrigo Valadares (União Brasil-SE).
“Nós vamos conversando com todo mundo. Acredito que nos próximos dias, talvez até amanhã, tenhamos uma alternativa para tudo isso aí”, afirmou Bolsonaro.
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Ao ser indagado se acreditava que a criação de uma comissão especial para analisar o PL da Anistia poderia enterrar a pauta, Bolsonaro negou. “Muito pelo contrário. Do quê adianta aprovar por 200 a 0 ou 500 a 0 em uma comissão, se o dono da pauta do plenário é nosso Arthur Lira?”, refletiu.
“Então, o Lira não está impondo nada para mim, nem eu estou impondo algo para ele. Estamos em comum acordo”, destacou.
Lula anistiar? Piada.