Na sexta-feira 8, quando foi celebrado o Dia Internacional da Mulher, o pré-candidato à Prefeitura de São Paulo e deputado federal Guilherme Boulos (Psol) fez um anúncio junto de sua vice, Marta Suplicy (PT).
Durante um café da manhã com apoiadores no Clube Homs, no bairro Jardins, Boulos se comprometeu a designar mulheres para liderar 50% das secretarias caso seja eleito.
“Temos que trazer pontos da igualdade salarial entre homens e mulheres”, disse Boulos, em encontro no Clube Homs. “Aqui em São Paulo, com a gente governando, vai ter que pegar a lei da igualdade salarial.”
Mesmo com a promessa, o atual panorama do gabinete de Boulos na Câmara dos Deputados mostra que o parlamentar pode não cumprir com suas palavras.
Segundo informações publicadas no portal Metrópoles, no gabinete do pré-candidato, a maioria dos empregados é do sexo masculino: são nove homens e seis mulheres. Eles também recebem salários mais altos que os das mulheres que prestam serviços para Boulos.
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O cálculo da média salarial foi feito com base nas informações disponíveis no website da Câmara dos Deputados. No gabinete do deputado psolista, os homens recebem cerca de R$ 8,6 mil, enquanto as mulheres recebem R$ 6,8 mil. A média salarial de todo o gabinete foi calculada em R$ 7,4 mil.
O assessor mais bem remunerado de Boulos recebe, em valores brutos, R$ 14,3 mil por um cargo cujo piso é de R$ 7,4 mil. Já a mulher mais bem paga recebe R$ 9,8 mil em um posto de remuneração mínima de R$ 4,9 mil.
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A assessoria do deputado foi procurada pela reportagem do Metrópoles, mas não respondeu aos questionamentos.
Boulos minimizou a ausência de mulheres no governo Lula
No evento da sexta-feira 8, Boulos desconversou sobre a baixa presença de mulheres no primeiro escalão do governo Lula, de quem é aliado. Ele disse que é um cenário “totalmente diferente” da capital, e que o petista “não assumiu” o mesmo compromisso que ele na campanha.
“Ele não assumiu esse compromisso, porque, legitimamente, avaliou que não conseguiria cumprir”, afirmou Boulos, em café da manhã com apoiadores. “As condições para governabilidade e o nível de concessão para a formação do secretariado em São Paulo são muito diferentes do cenário nacional.”
O psolista também disse que, em seu governo, haverá um “recorte” para garantir a concessão de cargos em secretarias para pessoas negras. Um “programa antirracista” está sendo elaborado pela pré-campanha de Boulos e conta com o auxílio de “lideranças negras” da cidade de São Paulo.
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Alguém acredita nele ?
Já deveria ter feito isso no próbrio gabinete de deputado federal, não é ?
Bolor.
Bolo de fermento