Os advogados do general Walter Braga Netto, indiciado por tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado e organização criminosa, afirmaram que o militar não teve acesso a qualquer documento de planejamento de um suposto golpe de Estado e tampouco que seu cliente tenha discutido um suposto plano de assassinato de Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes.
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Ainda que as investigações apontem Braga Netto como o chefe do grupo de 37 indiciados pela Polícia Federal (PF), os advogados negaram que o militar fosse o coordenador da tentativa de intervenção militar. As declarações foram postadas no perfil oficial do general na plataforma Twitter/X nesta sexta-feira, 6.
“O devido processo legal vai se sobrepor às narrativas”, comentou o militar, que foi candidato a vice de Jair Bolsonaro em 2022. Segundo sua defesa, Braga Netto “não tomou conhecimento do documento que tratou de suposto golpe e muito menos do planejamento de assassinar alguém”.
Em postagem anterior, Braga Netto já havia negado a acusação, que qualificou como “fantasiosa e absurda”.
A trajetória de Braga Netto
Walter Souza Braga Netto nasceu em 1º de março de 1957, em Belo Horizonte. Em seu currículo, figuram a chefia da Casa Civil e do Ministério da Defesa, além do cargo de interventor no Rio de Janeiro durante a presidência de Michel Temer.
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De 2019 a 2020, foi chefe do Estado Maior do Exército, segundo posto mais importante da Força. Braga Netto deixou o cargo para assumir a chefia da Casa Civil de Bolsonaro, em fevereiro de 2020, no lugar de Onyx Lorenzoni. Por causa disso, o general teve que passar para a reserva.
Em março de 2021, assumiu o Ministério da Defesa no lugar do colega Fernando Azevedo e Silva. A saída de Azevedo e Silva, em meio ao desgaste com Bolsonaro, gerou uma crise. Em protesto, os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica se demitiram na ocasião.
Braga Netto permaneceu na Defesa até março de 2022, quando foi nomeado assessor especial da Presidência, posição que ocupou até 1º de julho daquele ano. O militar concorreu a vice-presidente na sua chapa nas eleições de 2022 e era apontado como um dos seus aliados mais fiéis.
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Todo mundo tirando da reta
Se não cassarem seus direitos, esse aí já está eleito deputado ou senador. Eles não sabem o que o povo realmente pensa…
Quero ver a PF e o STF mexerem nele…