Paulo Nogueira Batista Jr., ex-FMI, participou de audiência no Congresso Nacional
Mais do que congelar determinados investimentos, o governo federal precisa ampliar o corte de gastos, principalmente nas áreas consideradas não essenciais. Essa é a visão do ex-diretor-executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) Paulo Nogueira Batista Jr. De acordo com ele, ir por esse caminho é necessário para que o país não sofra ainda mais impactos com a pandemia da covid-19.
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“É preciso reconhecer, sim, que a situação das contas públicas requer cuidados, mas, tendo em vista a preocupação com o nível de atividade e de emprego, seria melhor passar ao ajustamento das contas ao longo de vários anos, reduzindo gradativamente o deficit primário do setor público e adotando, de preferência, uma regra fiscal mais racional, mais bem formulada do que as regras atualmente existentes”, disse Batista Jr. ao participar hoje de audiência pública de comissão no Congresso Nacional.
“O Congresso terá de votar até o final do mês o projeto da Lei Orçamentária para 2021”
O brasileiro com passagem pelo FMI ressaltou, por fim, que é preciso pensar no Orçamento da União para o próximo ano. “Essa tese do ajustamento fiscal expansionista não tem base na realidade empírica nem na experiência internacional. É uma questão importante e está na ordem do dia, inclusive porque o Congresso terá de votar até o final do mês o projeto da Lei Orçamentária para 2021”, declarou, conforme informa a Agência Senado.
Meio óbvio.