O dono do Twitter/X, Elon Musk, afirmou que os brasileiros querem saber a verdade. Ele deu a declaração na quinta-feira 25, ao comentar uma publicação sobre a quantidade de usuários da rede social no Brasil.
Segundo o perfil CB Doge, autor da postagem respondida por Elon Musk, o Twitter/X é o mais baixado no Brasil em dispositivos iOS, da Apple. Lidera tanto as categorias gratuitas quanto as pagas.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, no início deste mês, a inclusão de Elon Musk como investigado no inquérito das milícias digitais.
O ministro também abriu um novo inquérito para apurar a conduta de Elon Musk. O magistrado quer que se investigue um suposto crime de obstrução à Justiça, “inclusive em organização criminosa e em incitação ao crime”.
AGU aciona STF, sobre Twitter Files: “Tentativa de desestabilizar o Estado Democrático de Direito”
Na contramão da declaração de Elon Musk sobre os brasileiros, o advogado-geral da União, Jorge Messias, encaminhou ao STF uma lista das supostas ilegalidades no âmbito do Twitter Files Brasil.
Conforme o AGU, em ofício obtido por Oeste, os documentos divulgados pelo jornalista norte-americano Michael Shellenberger “parecem reproduzir trechos de conteúdos de decisões judiciais sigilosas proferidas pelo Poder Judiciário brasileiro, em especial da relatoria do ministro Alexandre de Moraes, tanto em sua atuação no STF como no Tribunal Superior Eleitoral (TSE)”.
Dessa forma, Jorge Messias entendeu ser relevante descrever o que viu como abusos. A respeito do caso, em si, o AGU o enquadrou em “um cenário, no qual se percebe a tentativa de desestabilizar o Estado Democrático instituído pela Constituição, a partir da publicação de documentos de cunho sigiloso exarados em processos que tramitam no STF e no TSE”.
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De acordo com Jorge Messias, a divulgação do conteúdo, sem ordem judicial, “compromete as investigações em curto tanto nesta Suprema Corte como no TSE a respeito de condutas antidemocráticas ocorridas no Brasil”.
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