O presidente reeleito de El Salvador, Nayib Bukele, disse que conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva algumas vezes, mas que nunca conversaram sobre segurança pública. O salvadorenho prestou entrevista coletiva à imprensa depois do resultado da eleição, neste domingo, 4.
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Bukele tem como sua principal bandeira política a segurança pública. Ele foi reeleito com 83% dos votos no primeiro turno, depois de conseguir reduzir os índices de violência de El Salvador. Localizado na América Central, o país já foi considerado o mais perigoso do mundo.
Em resposta a jornalistas, inclusive estrangeiros, ele disse que o Brasil tem “muitos problemas” na segurança pública. “Falei algumas vezes com o presidente Lula, mas ele nunca mencionou a questão da segurança pública para mim”, respondeu. “Imagino que ele tenha a própria forma de abordagem e de lidar com a situação.”
Bukele reduziu a criminalidade
???????? | Nayib Bukele: “Por que os olhos do mundo estão voltados para um país tão pequeno? Porque, puro e simples: eles têm medo do poder do exemplo. Nós, salvadorenhos, somos proprietários de um país pequeno, mas nós ensinamos-lhes que tudo pode ser resolvido se houver vontade.” pic.twitter.com/PkRceryhPt
— Nova Era Mídia (@novaeramidia) February 5, 2024
O presidente de El Salvador é considerado referência para setores de direita na América Latina. Ele ficou conhecido depois que implementou diversas políticas de combate à criminalidade.
O país chegou a ter índice de 106 pessoas assassinadas a cada 100 mil habitantes, no Brasil, por exemplo, a taxa é de 25,7 homicídios por 100 mil habitantes. Ele disse que falta “vontade política” nos demais países para resolver o problema.
“Atacar o crime tem muitas consequências”, disse Bukele. “Mas a primeira, para um sócio dos criminosos, é que ele perde o negócio. Tem que ser [eleito] alguém que não se preocupa com criminosos, que não se importa com a economia criminosa, que esteja disposto a quebrar a economia do crime e colocar os criminosos na prisão para que isso [criminalidade] possa ser resolvido.”
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Entre as políticas públicas adotadas por Bukele está a adoção de um Estado de exceção, que tem sido renovado pelo Parlamento há dois anos. O presidente também lançou um pacote com as seguintes medidas:
- suspensão do direito de associação e reunião;
- interrupção da inviolabilidade das comunicações; e
- privação do direito dos cidadãos de serem imediatamente informados sobre o motivo de eventuais detenções.
Ele também promoveu um encarceramento em massa, com cerca de 2% da população presa. São 100 mil salvadorenhos detidos em um país com 6 milhões de habitantes. Organizações internacionais, como a Anistia Internacional, criticam o governo de El Salvador por supostamente violar os direitos humanos.
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Questionado sobre se as medidas de seu governo funcionariam em outros países, Bukele disse que servem de exemplo.
“A receita de El Salvador pode ser aplicada com ‘copia e cola’ em outro país do mundo? Duvido”, explicou o presidente. “Mas o exemplo de El Salvador pode servir. Que um país tão pequeno, tão pobre como El Salvador esteja solucionando seus problemas com vontade política e apoio do povo? Sim. E por isso esse exemplo se aplica ao Brasil e a qualquer país do mundo.”
Para problemas extremos, medidas extremas. 2% da população presa. É bastante gente. Se projetarmos isto para o Brasil, seriam mais de 4 milhões de pessoas presas. Neste caso, acredito que a pena de morte para homicídios, em especial para os homicidas repetitivos, os mandantes de diversos homicídios. Os latrocínios, os homicídios de segundo e terceiro grau, somado ao término da progressão da pena, ou seja, foi preso, tem que cumprir a pena até o final, sem saidinhas, já reduziriam bastante esta nossa situação.
Bukele : Me aguarde que estou chegando…! E Feliz da vida.
O Luladrão é malicioso, incompetente ou conivente?
As coisas são tão estranhas, tão surreais, tão estravagantes no Brasil contemporâneo que o caos só pode ser deliberado. O acaso, a incompetência e o acidente não poderiam por si só explicar a série de desastres.
Nada disso acontece por acaso. Os políticos “de esquerda são parceiros dos criminosos”. É o dividendo de uma filosofia que diz: “Temos que explodir o Brasil de antes, para então podermos reiniciá-lo para nós”.