Por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu, nesta segunda-feira, 21, uma denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a deputada Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti.
Conforme a PGR, Carla e Delgatti são responsáveis pela invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2022.
“Há indícios de autoria e comprovação de materialidade”, argumentou o relator do caso, Alexandre de Moraes. Acompanharam esse entendimento os ministros Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux. Dessa forma, Carla e Delgatti responderão pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica.
O advogado Daniel Bialski, que defende a parlamentar, informou que vai recorrer ao plenário do STF. “A deputada não praticou qualquer ilicitude e confia no reconhecimento de sua inocência, porque a prova de investigação criminal evidenciou que inexistem elementos de que tenham contribuído, anuído e ou tomado ciência dos atos praticados pelo complicado”, informou Bialski.
O que diz a PGR, sobre Carla Zambelli
De acordo com a PGR, Carla determinou ao hacker que emitisse um mandado falso de prisão contra Moraes, como se tivesse sido ordenado pelo magistrado contra ele próprio.
Ainda segundo a PGR, Carla usou os serviços de Delgatti para “gerar ambiente de desmoralização da Justiça brasileira” entre o fim de 2022 e o começo de 2023, logo após a derrota do presidente Jair Bolsonaro nas eleições.
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O objetivo é cassar todos os politicos de direita.