Portinho sugere a Pacheco encontro entre ministro dos Supremo e líderes do Senado

O líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ), sugeriu, nesta quinta-feira, 11, ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), um encontro entre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e os líderes do Senado para tratar sobre a harmonia entre os Poderes.

“Minha sugestão é que todos os líderes de partidos se reúnam com os 11 ministros do STF e que a gente possa conversar”, disse Portinho a jornalistas depois de uma reunião com Pacheco e líderes da Casa. “Pacheco me fez uma pergunta: ‘Qual é a proposta?’ Eu não sou o senhor da razão. O que está faltando é diálogo. A gente precisa conversar aos Poderes. Se não é possível conversar individualmente, tem que colocar todos em uma mesa para conversar. Quem vai ter a grandeza de colocar em uma mesa? Quem é esse líder?”

Apesar de destacar que tem feito “esforços individuais”, conforme Portinho, o presidente do Senado não respondeu se marcaria, ou não, a reunião. Contudo, o senador do PL ponderou que sua sugestão busca o diálogo, diferentemente dos pedidos de impeachment que Moraes é alvo por parte da oposição no Senado.

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Carlos Portinho classificou Pacheco como uma pessoa “moderada”, um jurista, além disso, que o cobrou porque ele comanda o Poder Legislativo. O senador destacou que o que motivou a cobrança foram algumas ações do STF nos últimos anos, como a instauração do Inquérito das Milícias Digitais, que dura desde 2019, sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

“Não é possível que a gente tenha um inquérito há mais de cinco anos sem denúncia, que está concentrado em uma única pessoa, que já passou o período eleitoral há muito tempo”, continuou Carlos Portinho. “É hora de alguém conduzir para que a gente possa superar esse momento, vejo como um momento muito grave da história.”

“Há uma ameaça democrática real ao devido processo legal, ao direito de petição, ao juiz natural, ao duplo grau de jurisdição, a harmonia entre os Poderes e a liberdade de expressão”, destacou o líder do PL.

O senador disse ainda que, como parlamentar, não pode ter “medo de falar”. “O medo está imperando nesse Congresso”, ressaltou. “Abriram um inquérito contra o deputado Nikolas [Ferreira, PL-MG] porque ele chamou o presidente [Lula] de ladrão.“