Com a desestatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a Baixada Santista deve receber R$ 22,3 bilhões em investimentos da empresa até 2060.
A previsão foi divulgada nesta segunda-feira, 26, pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil). Ela se baseia no novo contrato de concessão proposto pelo governo de São Paulo para a desestatização da companhia.
O contrato está em etapa de consulta pública até 15 de março. “O aporte permitirá levar água potável e esgoto coletado e tratado para toda a região, incluindo núcleos de moradia em morros e áreas de mangue”, explicou a Semil.
Desestatização da Sabesp deve trazer R$ 7,3 bilhões em investimentos até 2029
Entre os investimentos, R$ 3,2 bilhões serão destinados à expansão da rede de tratamento e distribuição de água; R$ 6 bilhões para a modernização da rede de distribuição de água; R$ 3,7 bilhões para a expansão da rede de coleta e tratamento de esgoto; R$ 6,3 bilhões na melhoria da rede de coleta e tratamento de esgoto e R$ 3,1 bilhões em inovação, eficiência energética e outros serviços
Os nove municípios da Baixada Santista – Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente – são atendidos pela Sabesp. A região tem uma população total de 1,8 milhão de habitantes.
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Segundo a Semil, cerca de 25% dos moradores vivem em áreas urbanas informais, como morros e mangues. A água potável chega para apenas 40% dos habitantes, e o tratamento de esgoto para 15%.
Outros 3,1 mil habitantes vivem em áreas rurais, onde a taxa de abastecimento de água chega a 56%, e o índice de tratamento de esgoto alcança 52%.
“Com a desestatização da Sabesp, a universalização será antecipada para 2029 com a distribuição de água potável para 100% dos domicílios e a coleta e tratamento de esgoto para 98% da população”, diz a Semil. “Para isso, a previsão de investimentos na Baixada Santista para os próximos cinco anos é de R$ 7,3 bilhões.”
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