A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou, de forma simbólica, nesta quarta-feira, 22, um convite à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, prestar esclarecimentos e responder questionamentos que foram feitos pelos membros do colegiado na semana passada.
De autoria do presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), o requerimento fala sobre “unânimes” sentimentos por parte dos membros da comissão no sentido de que são necessários “maiores esclarecimentos” da ministra.
Alcolumbre mencionou que tramitam na CCJ 11 Propostas de Emendas à Constituição (PECs) e 48 matérias que tratam sobre temas relacionados ao meio ambiente.
Membros da CCJ criticam atuação de Marina Silva
Como mostrou Oeste, na quarta-feira 15, o colegiado foi palco de críticas contra a atuação de Marina Silva. Um dos aliados do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o senador Omar Aziz (PSD-AM), por exemplo, criticou a falta de interlocução da ministra com o Congresso.
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“É a maior autoridade ambiental, só que não discute com o Congresso, não vem aqui, é falho. E não é só ela, não, a equipe toda”, declarou Aziz depois da discussão sobre um projeto sobre mudanças climáticas. “Todo mundo respeita a ministra Marina Silva, o Norte e Nordeste não têm esse respeito, não. No Norte, principalmente no Estado do Acre, que é onde ela tem origem. No meu Estado [Amazonas], também não tem esse respeito.”
O parlamentar pediu que Casa não fosse culpada pelas políticas ambientais do Brasil, pois o Congresso estará pronto para discutir as ações com a ministra.
“Há falta de interlocução, e, no dia em que a dona Marina Silva deixar de dar satisfação para o exterior para discutir com o Congresso, não tenha dúvida nenhuma que nós estaremos prontos para ajudá-la”, completou.
A crítica encontrou eco em senadores da oposição. Marcos Rogério (PL-RO), por exemplo, disse que Marina “não é uma ministra a serviço do Brasil, mas do interesse internacional”. “Pelo jeito, não dialoga nem com o governo que ela representa. Com o Congresso, muito menos. Ela o tem como inimigo”, continuou.