O pronunciamento do ministro da Saúde, Nelson Teich, convenceu parte da comunidade médica que preside as associadas e a cúpula da Associação Médica Brasileira (AMB). O voto de confiança dado pela entidade por meio do apoio dado a Teich deixou representantes da categoria confiantes de que a pasta terá um perfil mais próximo ao do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e, assim, trazer “paz” ao Brasil.
A lógica toma como ponto de partida a defesa feita por representantes de associadas da AMB ao seu presidente, Lincoln Ferreira. Oeste conversou com associados que sustentam o perfil flexível de Ferreira. Como a maioria da entidade, ele é defensor do distanciamento social, que é diferente do isolamento.
A defesa do distanciamento é a recomendação do uso de máscara, intensificação das condutas de higiene, evitar aglomerações, manter distância entre dois a três metros de uma pessoa a outra e não ficar em locais fechados. Como lideranças da AMB apresentaram pareceres favoráveis a revisões ao quadro de confinamento que alguns governantes impuseram, uma tendência de Ferreira no cargo seria a convergência transversal, moderada e responsável, do isolamento horizontal para o vertical.
Resiliência
Com Teich, pensam que não será diferente. O próprio ministro disse, ontem , que não vai adotar qualquer definição brusca e radical do que vai acontecer. “O que é fundamental, hoje, é que a gente tenha informação cada vez maior sobre o que acontece com as pessoas a cada ação que é tomada. Como temos pouca informação e tudo é muito confuso, começamos a tratar a ideia como se fosse fato e cada decisão como se fosse tudo ou nada, e não é isso”, declarou.
A posição do ministro repercutiu positivamente também quando comentou sobre tratamentos e medicamentos. Sem fazer uma defesa enfática a drogas como a hidroxicloroquina, Teich foi resiliente e flexível ao demonstrar que está aberto a discutir e debater o assunto. “Tudo vai ser tratado de forma absolutamente técnica e científica. Vai disponibilizar o que existe hoje em termos de medicamentos dentro do essencial e coisas que funcionem com projetos de pesquisa”, disse.
Empirismo
O ministro quer permitir a coleta do maior número de informações em espaço curto de tempo. A intenção é que os estudos auxiliem a entender que tipo de medicamentos, vacinas e tratamentos possam fazer a diferença para as pessoas, médicos e a sociedade. A narrativa também é muito semelhante ao que se esperava de Ferreira caso fosse escolhido ministro.
As associadas da AMB defendem que tudo seja tratado de forma empírica, fruto de experimentos, testes e pesquisas. E não é diferente para medicamentos em análise para o combate ao coronavírus, como a própria hidroxicloroquina. “Ninguém conhece nada. Agora que estão começando tratamentos franceses sérios, americanos sérios. Agora que estamos começando a conhecer algumas coisas do vírus e da doença”, ponderou uma representante da categoria.
Saiu um ministro político e entrou um técnico, se fosse assim desde o inicio teria evitado muita confusão. Agora vai funcionar.
Torço pelo exito do novo Ministro e que ele seja muito cuidadoso com o que fala, porque a grande imprensa sempre procurará encontrar frases de um pronunciamento para intriga-lo com o Presidente e desgasta-lo com a opinião pública.
Cadê os testes? Única maneira de ter uma visão clara e objetiva da situação. Não há testes para comprar e mesmo que tivesse não há dinheiro para uma população de 200 milhões. Sem teste não há como liberar as pessoas do isolamento, a menos que se queira praticar o genocídio ou no melhor dos casos eugenia.
A AMB não passa de um sindicato. Ela não apita nada na prática e protocolos médicos, quem faz isso é o CBM e seus CRMs. A classe médica a que a reportagem se refere é às seguradoras de saúde, as quais não dão assistência à grande maioria dos brasileiros que não têm dinheiro para pagar as fortunas que eles cobram.
O SUS é a melhor coisa, senão a única, que constituição de 88 fez. E Dr. Vai suar pra cacete para coneçar a entender como ele funciona. Mas aí já vai ser tarde, a desgraça estará feita. Gestão de hospital privado é uma coisa, gestão de uma pandemia é outra completamente diferente.
Comentário desprovido de qualquer fundamento sobre o que é,o que faz e a importância da AMB pra quem é médico neste país.
Ótima reportagem!