Presidente da Câmara também defende estender o coronavoucher no valor atual. A medida aumenta os gastos públicos
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quinta-feira, 11, que o Congresso Nacional avalia usar a reforma tributária para viabilizar a renda mínima. A medida substituiria o coronavoucher em 2021.
Maia observa que é possível encontrar distorções nos gastos do orçamento brasileiro. Portanto, gerar recursos para bancar programas. Além disso, garante que um grupo de deputados já está estudando a possibilidade para tornar possível a proposta.
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“O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, está sinalizando retomar a discussão sobre a reforma tributária. Talvez possamos ter novas receitas para se chegar à renda mínima”, afirmou em entrevista à GloboNews.
De acordo com Maia, o Congresso avalia diminuir os subsídios tributários e “repactuar” as deduções do Imposto de Renda. “Há muita distorção. Cerca de 70% das deduções da área de saúde no imposto de renda ficam com o ‘andar de cima’ brasileiro”.
Prorrogar o coronavoucher
Maia defende estender o auxílio emergencial e que seja mantido o valor atual, de R$ 600,00. Contudo, para ele, é preciso revisar o programa para entender algumas distorções. “Tínhamos a conta de que chegaria a 30 milhões de pessoas. Mas foi além”.
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Conforme noticiou Oeste, entre as preocupações do governo está o aumento exorbitante dos gastos públicos. Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, o déficit primário previsto para este ano já passou de R$ 600 bilhões.
Em razão disso, o Planalto defende a volta gradual da atividade econômica.
Impeachment
O presidente da Câmara descarta colocar em pauta um pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, as prioridades da Câmara estão voltadas para “a discussão de propostas de combate ao coronavírus”.
No fim do mês passado, a Câmara dos Deputados aprovou a ajuda de R$ 60 bilhões a Estados e municípios. Em síntese, a União banca os governadores que rejeitam suavizar as medidas de isolamento social.
Talvez se todo o funcionalismo público abrisse mão das suas mordomias e rendimentos incompatíveis com o resto da população, os menos favorecidos pudessem ser atendidos. Acho difícil.