Parlamentares membros do Conselho de Ética da Câmara votaram, nesta terça-feira, 5, pelo arquivamento de uma ação movida pelo Partido Liberal (PL) contra a deputada federal Talíria Petrone (Psol-RJ). Foram 11 votos a favor do arquivamento e dois contrários — dos deputados Gustavo Gayer (PL-GO) e Marcos Pollon (PL-SP).
Talíria é acusada de quebra de decoro parlamentar por, durante uma sessão da CPI do MST, ter dito que o relator do colegiado, deputado Ricardo Salles (PL-SP), fraudou mapas e tinha relação com o garimpo ilegal na época em que era ministro do governo Bolsonaro.
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“A deputada apenas proferiu informações que estão disponíveis para consulta pública”, disse o relator da denúncia, deputado Rafael Simões (União Brasil-MG). “Peço o arquivamento.”
Em sua defesa, a deputada explicou que apenas “trouxe fatos relevantes” sobre a atuação de Salles quanto ministro. “Podem discordar da minha palavra, mas não podem me impedir de dizê-la”, declarou Talíria. “É ferir de morte a Constituição impedir uma deputada eleita de falar.”
A parlamentar ainda mencionou uma decisão da Justiça do Pará que, em agosto deste ano, tornou Salles réu por envolvimento em suposto esquema de corrupção para exportação ilegal de madeira no período em que foi ministro.
Na ocasião, o presidente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), Eduardo Bim, e dez servidores do órgão também foram denunciados e vão responder ao processo, além de empresários supostamente envolvidos no esquema.
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Em seu momento de fala, o deputado Cabo Gilberto (PL-PB) disse que o PL também votaria pelo arquivamento da denúncia do Conselho de Ética, mas defendeu Salles da decisão da Justiça do Pará.
“As palavras [proferidas pela deputada] foram duras, mas todo processo contra um parlamentar por conta de sua palavra votamos pelo arquivamento”, destacou Gilberto. “Salles tem toda a nossa defesa no Parlamento. Para mim, ele é inocente. Se Salles não fosse relator da CPI, ele não teria se tornado réu. Ele se tornou réu por conta do ativismo judicial.”
A Oeste, Salles disse que preferia não se manifestar sobre a decisão do colegiado. Contudo, quando a Justiça do Pará o tornou réu, ele acusou o Ministério Público Federal de “perseguição política”. Conforme o deputado, as denúncias contradizem os testemunhos e as provas do inquérito.
Sendo ela da esquerda, é do sistema.
Então, jamais será punida. Essa bandalha pode tudo.
Uma desnecessária dessas pode defecar pela boca quantas vezes quiser. O samba na nossa cara continua e eu esperando a epopéia do pé na porta do cabo e soldado!
Tem um lado da política que pode simplesmente fazer o que bem entender. Vale tudo para eles.