Por maioria de votos, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados arquivou, nesta quarta-feira, 4, um processo do Partido Liberal (PL) contra o deputado Dionilso Marcon (PT-RS).
A legenda acusa o petista de ter faltado com o decoro durante uma reunião da Comissão de Trabalho, quando Marcon ironizou a facada deferida contra o ex-presidente Jair Bolsonaro em 2018. O petista disse que o atentado foi “fake“.
Na ocasião, Marcon protagonizou uma discussão com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente. Eduardo se exaltou contra o colega e ameaçou o parlamentar: “Te enfio a mão na cara e perco meu mandato”.
Ambos foram contidos por colegas. O PT também representou contra Eduardo, mas a Comissão arquivou o processo.
Ainda na sessão de hoje, o Conselho de Ética arquivou um processo movido pelo PL contra a deputada Fernanda Melchiona (Psol-RS).
Em 30 de maio, durante um discurso contra a votação do marco temporal nas terras indígenas, a parlamentar e outras cinco deputadas chamaram de “assassinos” os deputados que votaram a favor da urgência do projeto de lei.
Conforme Fernanda, o processo foi uma “tentativa de intimidar mulheres”, e o processo era um “desperdício de tempo”.
Nos dois casos, os relatores Bruno Ganem (Podemos-SP) e Alex Manente (Cidadania-SP), respectivamente, entenderam não haver “justa causa” para dar prosseguimento às ações.
Segundo ambos, as condutas dos deputados não configuram afronta ao decoro, e os discursos estavam protegidos pela imunidade parlamentar.
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Todos tem o direito de questionar eu também questiono a “justiça” por soltar um LADRAO, condenado em 3°instancia por corrupção!
Seguramente ninguém desse conselho de ética passa pelo crivo da ética.