A Comissão Paramentar de Inquérito (CPI) das Bets, que começou em novembro para investigar as apostas on-line, vai voltar a se reunir depois do Carnaval.
Conforme o presidente da comissão, senador Hiran (PP-RR), o trabalho da CPI não parou, e a equipe tem se dedicado à análise dos documentos recebidos, além das informações sobre movimentações financeiras dos investigados.
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“Não paramos”, disse o congressista. “Estamos analisando todos os documentos, as informações que vêm do Coaf, as informações que vêm da Receita Federal, dos órgãos de controle, e vamos dar ciência a todos os membros para podermos fazer as pautas prioritárias da comissão.”
Entre os requerimentos já aprovados pela comissão estão vários pedidos de relatórios de inteligência financeira ao Coaf, o que implica em quebra de sigilo. A lista de investigados inclui influenciadores como Deolane Bezerra e empresários do setor de apostas, como Fernando Oliveira Lima, conhecido como Fernandin OIG.
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“Vamos fazer um trabalho certamente muito importante, principalmente para proteger as pessoas, para evitar a evasão de divisas, para fazer com que essas bets paguem efetivamente impostos que venham gerar aplicação desses recursos na saúde, na educação, na segurança”, disse o senador. “Elas estão ganhando muito dinheiro e ou não estão pagando nada de imposto, ou estão pagando muito pouco.”
Prazo inicial da CPI das Bets termina em abril
A CPI das Bets foi instaurada em 12 de novembro e tem como relatora a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS). No final de 2024, ela denunciou ataques à imagem da comissão, afirmou ter sido ameaçada e declarou que o colegiado iria seguir até o fim com as investigações.
Para 2025, a senadora destacou que um dos focos será ouvir influenciadores que usam as redes sociais para promover os jogos de apostas on-line. O término das atividades da comissão está previsto para 30 de abril, caso não haja prorrogação.