O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), afirmou que recebeu nomes da base governista e da oposição, de quem eles ainda querem ouvir até o final dos trabalhos do colegiado. Ele falou sobre o assunto nesta terça-feira, 19.
De acordo com Maia, como os membros do colegiado não entraram em acordo sobre as convocações, os requerimentos serão pautados em blocos, incluindo seis solicitações, quatro do governo e duas da oposição.
“Vamos votar para aprovar todos ou rejeitar todos”, disse Maia, sobre as futuras convocações para a CPMI. “É uma forma que encontrei de submeter apreciação do plenário essa questão da aprovação do comando da força nacional.”
A declaração de Maia foi durante a sessão realizada na manhã desta terça. Na ocasião, a oposição questionava sobre as dificuldades de aprovar o requerimento de convocação do comandante da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP).
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“A única questão que realmente impedia o fechamento de um acordo é a convocação do comandante da Força Nacional”, disse Maia. “Quero colocar aqui que não faz sentido não ouvir o comandante da Força Nacional no dia 8 de janeiro.”
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Para a oposição, o ministro da Justiça, Flávio Dino, foi omisso ao não acionar imediatamente a Força Nacional quando os manifestantes invadiram os prédios dos Três Poderes.
Quem são os representantes da Força Nacional alvo de requerimentos
Entre os pedidos de convocação estão os do coronel da reserva José Américo Gaia, ex-diretor da FNSP; o coronel Sandro Augusto de Sales Queiroz, ex-comandante do Batalhão de Pronto Emprego da corporação; e o delegado Ivair Matos Santos, ex-diretor-substituto da FNS.
Atualmente, o comandante da FNSP é Fernando Alencar Medeiros. O nome dele também aparece na lista de requerimentos protocolados na CPMI. Contudo, a ideia da oposição é chamar como prioridade a cúpula que comandava a Força nacional à época dos atos de depredação que aconteceram em 8 de janeiro, em Brasília.
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