Não é só o governo que se mostrou fragilizado na derrota sofrida pela derrubada do veto que aumenta de R$ 261,25 para R$ 555,20 o limite da renda familiar mensal per capita para idosos e pessoas com deficiência terem acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também. As críticas do demista, por sinal, expõem a divisão interna pelo poder na Casa entre ele e o deputado federal Arthur Lira (PP-AL), líder do blocão.
A derrota de 302 votos de deputados favoráveis à derrubada do veto contra 132 dispostos a mantê-lo mostram que Maia não dispunha da força que parecia ter sobre a maioria no Plenário. Entre parlamentares que votaram por recusar o veto presidencial, o discurso era de impor uma derrota ao governo. No ‘boca a boca’, um nome surgiu como o responsável por comandar esse grupo: Arthur Lira.
O posicionamento de Maia a favor do controle de gastos públicos foi evidenciado nas críticas após a derrubada do veto. “Na hora que você toma a decisão de criar despesa de um lado, você tem de entender que você pode, inclusive, estar correndo o risco de ter um espaço menor para conseguir mais recursos para o enfrentamento do coronavírus”, declarou.
Aliados de Maia e o presidente da Casa não vão admitir, mas a verdade é que a disputa pelas eleições de 2021 pela Presidência da Câmara começou.