A defesa de Filipe Martins, ex-assessor internacional do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), se manifestou sobre o vazamento seletivo de trechos da delação do tenente-coronel Mauro Cid. Em nota enviada a Oeste na noite desta segunda-feira, 27, os advogados Sebastião Coelho e Ricardo Scheiffer Fernandes criticaram o fato de o vazamento ocorrer sem que a defesa do ex-assessor tenha acesso ao conteúdo integral da colaboração premiada do militar. Na delação, vazada na último sábado, 25, Cid mencionou 20 nomes que estariam envolvidos na suposta tentativa de golpe nas eleições de 2022 — incluindo Filipe Martins.
“É uma demonstração flagrante do completo desrespeito aos direitos à ampla defesa”, afirmaram os advogados, referindo-se à investigação. “Desde o início, esses processos têm sido marcados por irregularidades gritantes, abusos recorrentes e escandalosas violações do devido processo legal e das garantias fundamentais.”
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A defesa lembra que o conteúdo vazado é conhecido pela Polícia Federal (PF) há um ano e cinco meses. E que, até o momento, a investigação não apresentou provas da participação de Filipe Martins na suposta tentativa de golpe.
“A triste realidade é que Mauro Cid, visivelmente acovardado e em busca de benefícios judiciais, cedeu à pressão de seus algozes e aderiu a uma narrativa fabricada”, afirmou a defesa, ao lembrar uma antiga declaração do militar. À época, Cid disse o seguinte: “Eles [investigadores] já estão com a narrativa pronta. Eles não queriam saber a verdade. Eles queriam que eu confirmasse a narrativa deles”.
As contradições do depoimento de Cid, segundo a defesa de Filipe Martins
A defesa de Filipe Martins considera que as declarações de Cid à PF têm sido marcadas por contradições, mudanças de versões e falta de verossimilhança. “Todos esses elementos demonstram que toda a delação, central para esse processo, não passa de uma tentativa desesperada de atender às expectativas de seus inquisidores, independentemente da verdade dos fatos”, acrescentou.
No fim da nota, a defesa cita a grafia incorreta do nome de Filipe Martins que aparece no depoimento de Cid. Esse mesmo erro consta no registro fraudulento inserido nos sistemas migratórios dos Estados Unidos para justificar a prisão do ex-assessor internacional.
“Esse fato já está sendo investigado por autoridades norte-americanas, por iniciativa desta banca de advogados, que seguirá adotando todas as medidas legais cabíveis, no Brasil e no exterior, para responsabilizar os agentes envolvidos nesta perseguição injusta e para buscar a reparação integral dos danos causados a Filipe Martins e à sua família”, concluíram Sebastião Coelho e Ricardo Scheiffer.
Mauro Cid acovardado uma pinoia!
O cara tá que não passa uma agulha, e quem tem, tem medo.
Foi abandonado pelo cúpula do suposto golpe, para supostamente pagar de herói sozinho.
Sorte dele que não estamos no período áureo da ditadura, senão já teria entregue até a cor da cueca que o grande comandante estava usando no dia que deu pra trás (sabiamente).