Em entrevista, ex-ministro da Fazenda afirma que essa medida garantirá o controle dos gastos públicos e o equilíbrio fiscal
Em entrevista ao Estadão, o ex-ministro da Fazenda, Delfim Netto, defendeu a urgência da aprovação da PEC emergencial. Segundo Delfim, essa medida garantirá ao governo as condições para retomar o equilíbrio fiscal e controlar as despesas, hoje incontroláveis. Dentre outras propostas, ela prevê o corte na jornada e nos salários de servidores públicos.
“É ela que vai dar os gatilhos para começar a regular essas despesas que são incontroláveis, que crescem por conta própria. Vai devolver para a sociedade brasileira uma expectativa mais adequada de que haverá o controle fiscal. Hoje há uma grande contradição entre as prioridades do Executivo e do Legislativo. O Executivo tem se expressado muito mal, não tem dito com clareza quais são suas prioridades”, afirmou Delfim.
O ex-ministro dos governos Costa e Silva, Médici e Figueiredo, na época da Ditadura Militar, não enxerga uma perspectiva do país crescer fortemente esse ano, pois as condições são mais desfavoráveis que em 2019. Para ele, o crescimento do PIB será entre 1,5% e 2%.