Ministro-chefe da Casa Civil prestou depoimento nesta terça-feira em inquérito do STF que averigua acusações de Sergio Moro
O ministro-chefe da Casa Civil, general Walter Braga Netto, depôs, nesta terça-feira, no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que apura acusações do ex-ministro Sergio Moro sobre a tentativa de interferência do presidente Jair Bolsonaro em investigações da Polícia Federal.
Braga Netto afirmou que, durante a reunião ministerial de 22 de abril, a última com a participação de Moro, o presidente pediu a troca de sua segurança pessoal no Rio, o que fica a cargo do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e não a remoção do superintendente da PF, como fez entender o ex-juiz federal em seu depoimento à corporação em 2 de maio.
A gravação do encontro dos ministros também é evidência no inquérito e foi exibida hoje, de forma reservada, no Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília, por determinação do relator do processo, ministro Celso de Mello.
Com relação à substituição de Maurício Valeixo da direção-geral da PF para a entrada de Alexandre Ramagem, o ministro da Casa Civil disse que Bolsonaro não demonstrou nenhuma insatisfação com o indicado de Moro e que também não sabia por que o presidente havia indicado o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência para o cargo da polícia.
Um dia antes da demissão do ex-magistrado, Braga Netto afirma ter encontrado com ele para tratar do combate ao coronavírus, juntamente com o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, e com o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. Os dois também prestaram depoimentos sobre o caso nesta terça.
Na ocasião, Moro reclamou da insistência de Bolsonaro em tirar Valeixo da PF e afirmou que, se isso acontecesse, iria deixar o governo, porque tinha uma biografia a manter. O ministro-chefe, então, tentou acalmar o ex-colega e dissuadi-lo do pedido de exoneração.
Por fim, o general também frisou que já ouviu o presidente demonstrar insatisfação com os relatórios que recebe da inteligência, mas que jamais mostrou não gostar de elementos da polícia judiciária.
Ok,continuem sendo enganados por políticos!
Vou repetir. O neo-Narciso Moro foi destruido pela sua imagem, que ele tanto adorava.
Moro era herói, virou traíra, será mais um tucano fabianista. Mas no fim de tudo seu destino será o do Joaquim Barbosa.
Sra Jussara,
O pedido de troca da segurança pessoal, nada tem a ver com a troca do Diretor da PF ou da superintedência do RJ. Releia a matéria!
“Braga Netto afirmou que, durante a reunião ministerial de 22 de abril, a última com a participação de Moro, o presidente pediu a troca de sua segurança pessoal no Rio, o que fica a cargo do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e não a remoção do superintendente da PF, como fez entender o ex-juiz federal em seu depoimento à corporação em 2 de maio.
“Com relação à substituição de Maurício Valeixo da direção-geral da PF para a entrada de Alexandre Ramagem, o ministro da Casa Civil disse que Bolsonaro não demonstrou nenhuma insatisfação com o indicado de Moro…”
Queria trocar segurança pessoal no Rio,e para isso precisou trocar o Diretor Geral da PF,e logo depois o chefe da PF no RJ?
Mas segurança pessoal do Presidente e sua família,não e função do GSI?