O presidente da CPMI do 8 de Janeiro, deputado federal Arthur Maia (União Brasil-BA), disse que vai pautar na próxima semana os requerimentos referentes às convocações de representantes da Força Nacional de Segurança (FNS).
“Acho importante, pois já ouvimos os representantes da Polícia Militar do Distrito Federal, e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Agora resta ouvir a Força Nacional”, explicou Maia a jornalistas, nesta quinta-feira, 31.
Entre os pedidos de convocação, estão os do coronel da reserva José Américo Gaia, ex-diretor da FNS; o coronel Sandro Augusto de Sales Queiroz, ex-comandante do Batalhão de Pronto Emprego da corporação; o delegado Ivair Matos Santos, ex-diretor-substituto da FNS; e Fernando Alencar Medeiros, atual diretor da FNS.
Antes do recesso parlamentar, com o apoio da ala governista, a CPMI reprovou a convocação de Queiroz. O requerimento inicial — que pedia a convocação de Queiroz — era de autoria do senador Sergio Moro (União Brasil-PR).
Uma gravação do Palácio da Justiça, obtida pela CPMI, mostra alguns agentes da FNS na recepção do prédio enquanto manifestantes estão ao lado de fora. No vídeo ainda aparecem alguns policiais fazendo uma espécie de “cinturão” nos entornos do prédio.
A Oeste, o Ministério da Justiça informou que a ação da Força Nacional em proteger o Palácio da Justiça estava prevista no Plano de Ações Integradas (PAI) — feito com a aprovação do governo do Distrito Federal para prevenir as invasões do 8 de janeiro.
O PAI previa que os prédios do ministério e da Polícia Federal seriam de responsabilidade da Força Nacional. Já as demais áreas ficariam sobre os cuidados das forças estaduais e demais instituições. A informação foi oficializada hoje à CPMI.
Documentos enviados ao colegiado mostram que a FNS foi auxiliar na contenção dos manifestantes na Praça dos Três Poderes, quando o presidente Lula decretou uma intervenção federal.
A Força Nacional acionou dois pelotões da Companhia de Pronta Resposta (CPR). O batalhão foi até a Praça dos Três Poderes para “auxiliar na retirada de invasores e repelir” a multidão.
A CPI tem que ouvir TODOS os envolvidos neste dia, e pronto.