Depois de ter deputado nomeado no governo, Republicanos diz que é 'independente'

Comandado pelo deputado federal Marcos Pereira (SP), o Republicanos divulgou nesta, quinta-feira, 7, uma nota informando que “não fará parte do governo Lula”. A declaração ocorre depois que o deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) foi escolhido para compor a gestão petista.

“O Republicanos vem a público reiterar, mais uma vez, que não fará parte do governo Lula e seguirá atuando de forma independente”, informou o partido. “Sendo assim, informamos que a indicação do deputado Silvio para o Ministério de Portos e Aeroportos trata-se de, exclusivamente, um convite pessoal e direto do presidente Lula ao parlamentar.”

O intuito de Lula é aumentar sua base de votos no Congresso Nacional para conseguir maior facilidade na aprovação dos projetos de interesse do governo. Em geral, as negociações acontecem com os partidos, não com os deputados de forma individual.

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Conforme o Republicanos, o deputado pernambucano deve se licenciar de suas funções partidárias. Silvio Costa é o presidente da executiva estadual do partido em Pernambuco e o primeiro tesoureiro na executiva nacional da legenda.

A pedido de Lula, o ministro Márcio França abiu mão do Portos e Aeroportos para dar a vaga a Costa. Contudo, França não ficou fora da Esplanada. Ele vai assumir o Ministério das Micro e Pequenas Empresas, criado pelo petista para abrigar mais aliados no governo.

Lula demite ministra do Esporte na reforma ministerial

O Ministério do Esporte também passou por reformulações. A ministra Ana Moser foi demitida para abrir caminho para o PP, do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL). O deputado André Fufuca (PP-MA) vai assumir no lugar da ex-jogadora de vôlei.

Diferentemente de França, Ana Moser não foi realocada no governo até o momento. Ela é a segunda ministra mulher a ser demitida pelo petista neste ano. A primeira foi a deputada federal Daniela Carneiro (União Brasil-RJ), que comandava o Ministério do Turismo.

Em comunicado, Ana disse que encarou a troca com “tristeza e consternação”. Ela ainda lamentou que as promessas de campanha do governo para o esporte tiveram pouco tempo para ser desenvolvidas.