O deputado federal Nicoletti (União-RR) protocolou um requerimento de informação direcionado ao ministro da Defesa, José Múcio, sobre a operação que resultou no abate de um avião venezuelano com drogas na última terça-feira, 11.
A Operação Ostium, realizada pela Força Aérea Brasileira (FAB), ocorreu depois que o avião venezuelano entrou ilegalmente no espaço aéreo brasileiro e desobedeceu às ordens de pouso. Além das drogas, dois homens que pilotavam a aeronave foram localizados mortos no local da queda, em uma região de floresta próxima a Manaus (AM).
![O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, vai estar junto de Lula e de outras autoridades no ato sobre o 8 de janeiro | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil](https://medias.revistaoeste.com/wp-content/uploads/2025/01/8-de-janeiro-scaled.jpg)
No documento, Nicoletti cobrou esclarecimentos sobre o contexto da operação, a quantidade de drogas e outros materiais ilícitos apreendidos. Também pediu a identidade e a nacionalidade dos homens e as medidas adotadas pelas autoridades brasileiras.
“O intenso fluxo migratório provocado pela crise venezuelana não trouxe apenas pessoas em busca de melhores condições de vida, mas também criminosos que se aproveitam da situação para atuar em nosso território”, alertou Nicoletti.
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O parlamentar destacou o avanço do crime organizado nas cidades fronteiriças de Roraima, com o aumento de roubos, homicídios e tráfico de drogas, além da descoberta de um cemitério clandestino usado por facções criminosas venezuelanas para ocultar corpos e mascarar estatísticas oficiais.
Recentemente, Nicoletti apresentou um requerimento para criar uma comissão externa para tratar da crise de segurança pública na fronteira com a Venezuela. O parlamentar cobrou ações rápidas e eficazes por parte do governo federal para enfrentar essa grave ameaça à soberania nacional.
Vice-líder da oposição elogia abate de avião venezuelano com drogas
A vice-líder da oposição na Câmara Silvia Waiãpi (PL-AP) parabenizou os militares da FAB “que bravamente defendem a Nação brasileira e a nossa soberania”.
Waiãpi destacou que não é possível “permitir a expansão das redes transfronteiriças do narcotráfico na Amazônia” e defendeu a necessidade de fortalecer as medidas de segurança nas fronteiras e ampliar o controle do tráfego aéreo.
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“Umas das minhas lutas diárias é impedir ou inviabilizar por completo a rota do tráfico na Amazônia, que gera criminalidade dentro da sociedade, assim como impacto na saúde pública”, afirmou.
A parlamentar ainda disse ser necessário “aumentar a vigilância e o controle do tráfego aéreo, segurança das fronteiras, monitoramento de comunicações clandestinas, de rotas de tráfico e contrabando, além de identificar pistas escondidas e garimpos ilegais”.