O deputado estadual Leonardo Siqueira (Novo-SP) acionou o Tribunal de Contas da União (TCU) para suspender um contrato de R$ 380 milhões que os Correios pretendem fechar. O objetivo da estatal é gastar o dinheiro dos pagadores de impostos com publicidade.
Na representação, protocolada nesta quinta-feira, 27, o parlamentar questiona a forma como o processo está sendo conduzido.
Para ter uma ideia, a maioria das agências finalistas na licitação tem ligação com algum escândalo do passado que envolveu o Partido dos Trabalhadores (PT).
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Para piorar a situação, esse processo milionário se desenvolve principalmente no momento em que a estatal contabiliza um rombo de R$ 3,2 bilhões. Somente em janeiro deste ano, por exemplo, os prejuízos acumulados foram de R$ 424 milhões.
As empresas finalistas na licitação
Esses números fazem o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrar para história como o pior na gestão das estatais.
As quatro agências de publicidade que disputam a fortuna dos Correios são:
- Cálix Comunicação e Publicidade Ltda;
- Filadélfia S.A;
- Puxe Comunicação Ltda; e
- Jotacom Comunicação e Publicidade Ltda.
Das quatro, Cálix, Filadélfia e Puxe se envolveram em escândalos de corrupção do PT.
“Qual a justificativa para uma estatal que teve R$ 3,2 bilhões em prejuízo em 2024 gastar R$ 380 milhões para publicidade?”, indagou Siqueira. “É dinheiro público sendo queimado para favorecer os mesmos grupos de sempre.”
Conforme o parlamentar, o governo Lula tem afirmado, repetidas vezes, que não tem verba para reduzir impostos. “Mas tem para engordar os cofres de agências ligadas ao PT.”
Correios insistem em gastar dinheiro público
Os Correios têm jogado a culpa dos rombos na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Contudo, o lucro da estatal no governo anterior foi o maior da história, de R$ 3,7 bilhões.

Depois que Lula assumiu o terceiro mandato, os Correios viram suas contas se deteriorarem. Sob gestão de Fabiano Silva dos Santos, conhecido como “Churrasqueiro de Lula”, a empresa tem insistido em gastar o dinheiro público, apesar dos prejuízos que enfrenta.
A estatal ampliou, por exemplo, os gastos com patrocínios culturais em 2024. Enquanto de 2019 a 2022 a média anual era de R$ 430 mil, em 2024 os investimentos em patrocínios chegaram a R$ 34 milhões.
Outro gasto que pagadores de impostos entendem como desnecessário ocorreu em fevereiro deste ano. Naquele mês, os Correios desembolsaram R$ 1,3 milhão para patrocinar o Encontro de Novos Prefeitos 2025. O evento ocorreu em Brasília.
Organizado pela Presidência da República, com participação de associações municipais, o encontro teve a presença de Lula no painel de abertura.
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Tem que chamar de volta o Jefferson.
Ele deve saber direitinho como deve estar começando o Mensalão 2.