O deputado estadual Leonardo Siqueira (Novo-SP) transformou em lei sua tese de doutorado em economia, defendida no Insper. Trata-se do Projeto de Lei nº 363/2024, que institui o Programa Talentos do Futuro para os alunos da rede pública de São Paulo. O parlamentar anunciou a aprovação por meio de suas redes sociais no último sábado, 29.
O programa tem por objetivo incentivar os estudantes a matricularem-se nas escolas por meio de uma bolsa de estudos para alunos de baixa renda. O deputado acredita que esse benefício reduzirá a evasão no Ensino Médio Profissional e Técnico (EPT).
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De acordo com o programa, o governo estadual “regulamentará o valor a ser recebido pelo jovem em cada etapa concluída, de acordo com os critérios estabelecidos”.
Ao justificar o projeto, Leonardo Siqueira afirma que os jovens que não concluem o ensino médio são impactados de forma profunda e duradoura em suas vidas.
De acordo com o parlamentar, “a perda monetária pessoal de um jovem que não completa a educação básica pode chegar a R$ 290 mil ao longo de sua vida”.
Tese de doutorado em economia de Leonardo Siqueira
Em sua tese de doutorado, Leonardo Siqueira investiga “os impactos de longo prazo” que o programa pode levar aos jovens. A pesquisa ganhou um prêmio na Universidade de Yale, nos Estados Unidos — onde o deputado passou um período como aluno visitante.
“Diversas pesquisas mostram que programas como esse reduzem a evasão escolar em até 40%”, afirmou Leonardo Siqueira. “Isso já sabemos. Mas qual o impacto da redução dessa evasão no salário, no desemprego e na produtividade desses alunos contemplados pelo programa ao longo da vida? Isso ninguém sabia ainda. Calculamos isso.”
Além disso, o parlamentar criticou o fato de o governo investir mais no estudante universitário do que naqueles que estão no ensino médio. O projeto agora segue para sanção do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
As universidades no estágio atual de instrução no Brasil, deveriam ser para aqueles que, de fato, possuem uma boa bagagem; pelo menos com o suficiente para contribuírem efetivamente para a sociedade.
Trazer o mal instruído para o último grau de ensino, é despejar anualmente no Brasil porção excessiva de administradores, advogados, contadores, comunicadores, filósofos, pedagogos, cientistas sociais, etc.
O mercado de trabalho sequer dá conta da metade desses!