Quatro deputados estaduais e vereadores vinculados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) se encontraram, na última sexta-feira, 21, com Dilma Rousseff na China. O encontro aconteceu em Xangai, onde a ex-presidente atualmente preside o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o Banco do Brics.
A comitiva era composta dos deputados Marina do MST (PT-RJ), Rosa Amorim (PT-PE), Missias do MST (PT-CE), e Mauro Rubem (PT-GO), além dos vereadores Edilson Sem Terra, de Caruaru-PE, e Tito do MST, de Parauapebas-PA.
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De acordo com uma postagem nas redes sociais do MST, a reunião teve como tema os “desafios da agricultura camponesa no Brasil, o intercâmbio e a cooperação com a China na área agrícola, o papel do Banco e do Brics para a produção de alimentos”.
O MST também disse que os parlamentares estavam na China para conhecer as políticas de revitalização rural, as iniciativas de produção de alimentos e o combate à fome no país. “A visita é parte dos esforços do fortalecimento da cooperação agrícola entre o povo chinês e a agricultura camponesa no Brasil”, diz a publicação.
MST planeja construir fábrica no RS em parceria com a China
É a primeira vez que um grupo de deputados vinculados ao MST viaja para a China. Além do encontro com Dilma Rousseff, o grupo, que está na China desde o último dia 17, fez outras visitas, como ao Instituto de Pesquisa de Reciclagem Orgânica da Universidade Agrícola da China (UAC).
Eles também assistiram a uma partida da Super Liga de Futebol Camponês. A viagem termina na próxima sexta-feira, 28.
O deputado Missias do MST disse que a viagem foi um convite da East China Normal University para conhecer as experiências dos chineses no uso de tecnologias para a agricultura familiar. “É mecanização, tratamento de resíduos e produção de fertilizantes orgânicos, agricultura digital e muitas outras coisas.”
A divulgação da viagem aconteceu depois de o líder do MST, João Pedro Stédile, anunciar, na última quinta-feira, 20, que o movimento planeja, em parceria com a China, construir uma fábrica de fertilizantes no Rio Grande do Sul. De acordo com Stédile, o projeto contará com financiamento do Banco do Brasil.
Estes deputados e vereadores poderiam ficar na China. Quem sabe poderiam ser reciclados como o lixo chinês.