O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, comparou o vice-presidente Geraldo Alckmin ao ditador cubano Fidel Castro.
Dino fez a analogia em tom de “brincadeira”, nesta sexta-feira, 21, enquanto citava os ministros do governo federal que já haviam sido governadores.
A declaração ocorreu durante o evento em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto que prevê novas regras para a aquisição e porte de armas no Brasil.
“Quase um Fidel Castro, quatro mandatos lá”, afirmou Dino. “Camarada Alckmin. Não sei quantos mandatos em São Paulo.”
O atual vice-presidente e ministro da Indústria foi governador de São Paulo de 2001 a 2006 e de 2011 a 2018. Já o ditador Fidel Castro permaneceu no comando de Cuba de 1959 a 2008, quando entregou o poder ao seu irmão, Raúl Castro. Em 2016, Fidel morreu.
Ainda durante a cerimônia, Dino comparou Lula ao profeta Moisés.
“Ele cansou, mas havia dois ministros dele que seguravam o braço para cima”, disse o ministro da Justiça. “Presidente, o senhor é nosso general no braço da colina. Fique com o braço levantado e, quando eventualmente o senhor se cansar, o que é raro, pode contar com seus ministros.”
Decreto restringe armas
O novo decreto de armas é uma promessa de campanha de Lula. O objetivo era reverter as flexibilizações propostas pelo governo de Jair Bolsonaro.
Pelas novas normas, o número de armas, munições e calibres autorizados por colecionadores, atiradores e caçadores (CACs) vai diminuir. A quantidade de armas permitidas por pessoa caiu de 60 para 16.
Agora, a Polícia Federal (PF) passa a fiscalizar e monitorar os registros de armas, que era responsabilidade do Exército durante o governo Bolsonaro. Com essas mudanças, tanto Lula quanto Dino avaliam que o governo vai ter mais controle sobre os novos registros de armamentos.
Clubes de tiro também terão nova regulação de horário e não poderão funcionar 24 horas. O horário limite vai ser às 22 horas. Nenhuma unidade poderá funcionar próximo de escolas.