O vice-presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Washington Quaquá, articula uma possível aliança política para as eleições presidenciais de 2026. Ele defende que o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, filiado ao Partido Social Democrático (PSD), seja indicado como vice na chapa de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A informação é do jornal O Globo.
Quaquá sugere que essa união poderia trazer o PSD, liderado por Gilberto Kassab, para a coligação. Além disso, teria o potencial de atrair o apoio do Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Essa estratégia visa a enfraquecer a força dos aliados políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro, um Estado crucial para as forças de direita.
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“A gente isolaria o bolsonarismo no Rio, que é um Estado central para a direita”, afirmou Quaquá, que também é prefeito de Maricá (RJ). “Se a gente enfraquece o grupo de Jair Bolsonaro aqui, será uma vitória. Paes é um nome querido no Rio, ajuda, jovem, agrega à chapa. Tem que fazer uma operação no PSD com o Kassab e de quebra traria o MDB.”
A ideia da aliança entre Paes e Lula

A ideia de Quaquá de que a chapa poderia atrair o MDB está relacionada ao fato de que, se Paes desistir de concorrer ao governo do Rio, outro candidato do mesmo campo político precisará ser escolhido. Isso abriria caminho para Thiago Pampolha (MDB), atual vice-governador, tornar-se o candidato natural ao governo estadual, com o apoio de Lula e do PT.
O MDB, que hesita em manifestar apoio a um quarto mandato de Lula, está dividido entre alas conservadoras, no Sudeste e Sul, e setores lulistas, no Nordeste e Norte. O partido avalia opções para a vice-presidência, incluindo Renan Filho (Ministro dos Transportes), Simone Tebet (Ministra do Planejamento) e o governador do Pará, Helder Barbalho.
Novas movimentações políticas no Rio de Janeiro

Já em seu segundo mandato, o atual governador do RJ, Cláudio Castro (PL), anunciou sua intenção de disputar uma vaga no Senado, o que facilitaria a ascensão de Pampolha, que tem mantido boas relações com lideranças nacionais do MDB e com Paes.
Sobre essa proposta, Quaquá mantém o diálogo com lideranças políticas tanto do Estado quanto em Brasília. No entanto, permanece discreto sobre a posição de Paes em relação à ideia. Conforme O Globo, ele não descarta a possibilidade de Castro concorrer ao Senado na chapa de Pampolha, com apoio de Lula, mas fora do PL.
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O PSD não compõe uma chapa com o PT desde a reeleição de Dilma Rousseff, em 2014. Embora o MDB possa considerar a neutralidade no primeiro turno das eleições de 2026, a legenda está ciente de que sua bancada parlamentar continuará a desempenhar um papel significativo na base de apoio ao próximo governo, seja ele de Lula ou de outro candidato.
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