Três dos pré-candidatos se tornaram alvo de operações; há até prisão na história
Cristiane Brasil foi obrigada a interromper as atividades planejadas para a eleição deste ano. Pré-candidata a prefeita do Rio de Janeiro pelo PTB, ela se entregou à Polícia Civil fluminense na tarde da última sexta-feira, 11, pois a Justiça havia expedido mandado de prisão contra ela no âmbito da Operação Catarata.
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A transferência nos últimos dias da disputa pela prefeitura do Rio de Janeiro do noticiário de política para a seção policial da imprensa não parou, contudo, em Cristiane. Isso porque outros dois pré-candidatos ao Executivo carioca também foram alvo de recentes operações: o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM) e o atual mandatário da cidade, Marcelo Crivella (Republicanos).
Prefeito de 2009 a 2016, quando era filiado ao PMDB (hoje MDB) de Sérgio Cabral, Paes se tornou réu por corrupção, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro em investigações conduzidas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. Dessa forma, foi alvo de mandado de busca e apreensão na última semana. Ação que provocou “indignação” e o fez acusar a “tentativa clara de interferência no processo eleitoral”, conforme noticiou Oeste.
Dias após livrar-se de processo de impeachment devido ao caso conhecido como “Guardiões do Crivella”, o representante do Republicanos foi alvo de operação deflagrada pela Polícia Civil na última semana. Além de Crivella, outras 21 pessoas se viram em meio a mandados de busca e apreensão, pois há a suspeita de esquema de corrupção na administração carioca.
Vítimas?
Num primeiro momento, os três políticos que fazem a corrida eleitoral do Rio de Janeiro tornar-se pauta de polícia negam todas as acusações. E se consideram vítimas de terceiros. O trio, no entanto, diverge sobre quem seriam os algozes na história. Crivella, por exemplo, vê-se como alguém que sofre oposição feita pelo Grupo Globo. Paes não faz crítica direta a nenhum personagem, mas dá a entender que integrantes responsáveis por investigações se pautam por interesses políticos.
Por fim, Cristiane critica outra postulante à prefeitura, o governador afastado e o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Afinal, ela acusa Martha Rocha (PDT), Wilson Witzel (PSC) e André Ceciliano (PT) de estar por trás de sua prisão.
Em menos de uma semana, Eduardo Paes, Crivella e eu viramos alvos. Basta um pingo de racionalidade para ver q a busca contra mim é desproporcional. Isso deve ter dedo da Martha Rocha, do Cowitzel e do André Ceciliano. Vingança e política ñ são papel do do MP nem da Polícia Civil.
— Cristiane Brasil 🇧🇷 (@crisbrasilreal) September 11, 2020
Ex-delegada
Martha Rocha também tem ligação com a editoria policial. Isso porque é ex-delegada (e atual deputada estadual). No entanto, a antiga função não a fez “prender” partidos em torno de sua candidatura à prefeitura do Rio de Janeiro. Ela confirmou presença pelo PDT na corrida eleitoral em convenção realizada no último domingo, 13, pelo partido. No entanto, Rede e PSB desistiram de formar uma coligação. Afinal, ao que tudo indica, ela não cumpriu a “lei” combinada entre as legendas para aguardar pesquisas para saber se o bloco a lançaria como candidata a prefeita ou se apostaria em Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente do Flamengo.
Pobre Rio de Janeiro. Nem o carnaval sobrou….
Bom dia . A Constituição já prevê a possibilidade de intervenção federal.No caso do Estado do Rio de Janeiro e da cidade do Rio não há mais como assegurar governabilidade e atendimento às premissas básicas da federação.É caso sim de intervenção federal.