O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, divulgou os números atualizados da Operação Escudo. O anúncio ocorreu nesta quinta-feira, 10, nas redes sociais.
Até o momento, as forças de segurança prenderam 313 criminosos e 15 adolescentes suspeitos de envolvimento com o crime organizado. Além disso, a Polícia Militar (PM) apreendeu 44 armas e mais de 780 quilos de drogas.
O que é a Operação Escudo
A megaoperação das forças de segurança teve início em 28 de julho, um dia depois do assassinato do soldado Patrick Bastos Reis, das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota). O crime ocorreu no Guarujá.
Os policiais conseguiram identificar e prender todos os criminosos que participaram da morte do policial. A ação visa a desmantelar o tráfico de drogas e a desarticular o crime organizado, que atua intensamente na Baixada Santista.
Leia mais: “Rota dá início à caça por bandidos que mataram policial”
A presença dos policiais provocou a reação dos criminosos, visto que o reforço no policiamento impacta a ação dos bandidos. Em seis dias de operação, 16 suspeitos morreram ao entrar em confronto com a polícia.
Por determinação da SSP, todos os casos serão investigados pela Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Santos e pela Polícia Militar, por meio de Inquérito Policial Militar (IPM).
Em defesa dos criminosos
Em reportagem publicada na Edição 176 da Revista Oeste, Silvio Navarro escreve sobre a megaoperação das forças de segurança paulistas.
“O roteiro já é bem conhecido no Brasil: um policial militar é morto a tiros por criminosos fortemente armados, que impedem a patrulha num território tomado pelo tráfico de drogas”, explica Navarro. “O caso passa despercebido pela imprensa tradicional, nenhuma autoridade do governo federal se manifesta, e as entidades da sociedade civil permanecem caladas.”
A polícia reage e promove uma caçada aos criminosos. É novamente recebida à bala, e a operação termina com mortos. Entra em cena a defesa dos bandidos.
“O episódio mais recente ocorreu no Guarujá, no litoral sul de São Paulo”, lembra Navarro. “O soldado Patrick Bastos Reis, de 30 anos, foi morto com um tiro no tórax. Gaúcho de Santa Maria, deixou a mulher e um filho de três anos. Reis integrava a Rota, a tropa de elite paulista. Ganhava um salário de R$ 6 mil para arriscar a vida diariamente.”
O assinante pode ler a reportagem completa ao clicar neste link.