Eduardo Bolsonaro comenta o Oscar de Ainda Estou Aqui

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) comentou a vitória do filme Ainda Estou Aqui no Oscar, no último domingo, 2. O filme, dirigido por Walter Salles, é a primeira produção brasileira a ganhar uma estatueta na premiação, na categoria melhor filme internacional. 

O terceiro filho do ex-presidente Jair Bolsonaro comparou o regime militar, cujo governo já não existe, com as ações do Judiciário no presente. Eduardo Bolsonaro constantemente acusa os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente Alexandre de Moraes, de agirem como ditadores. 

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“Insurgir-se contra uma ditadura inexistente é fácil, rende bastante bajulação da ‘elite’ plutocrata, superficial e niilista”, escreveu o deputado em publicação no X. “Difícil é ter coragem para se insurgir contra a ditadura real, que está por aí prendendo mães de família, idosos e trabalhadores inocentes.”

Insurgir-se contra uma ditadura inexistente é fácil, rende bastante bajulação da “elite” plutocrata, superficial e niilista.

Difícil é ter coragem para se insurgir contra a ditadura real, que está por aí prendendo mães de família, idosos e trabalhadores inocentes. Ah…, isso… pic.twitter.com/G9ERtOReSF

— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) March 3, 2025

Eduardo Bolsonaro se referiu às pessoas presas por participação nos atos do 8 de janeiro, como Débora dos Santos, de 39 anos, mãe de dois filhos e que pode ser condenada a 17 anos de prisão por escrever “perdeu, mané” com batom em uma estátua na sede dos Três Poderes. 

“Esse silêncio de vocês, cúmplices, não será quebrado”, prossegue o deputado na publicação. “Mas o nosso [silêncio], com toda firmeza moral, eu quebro, estou disposto a arcar com esse custo: Alexandre de Moraes, iremos punir você.” 

Ainda em referência a Moraes, Eduardo Bolsonaro disse: “acredite, você irá pagar por toda a maldade que cometeu, custe o que custar”.

STF pode ordenar confisco do passaporte de Eduardo Bolsonaro

Eduardo Bolsonaro acredita que deve ter o passaporte retido por decisão de Moraes, o que o impediria de viajar aos Estados Unidos. O parlamentar busca provar para o governo de Donald Trump e outras autoridades dos EUA que o Judiciário brasileiro persegue o ex-presidente Jair Bolsonaro e atenta contra a liberdade de expressão.

No último sábado, 1º, Moraes determinou que a Procuradoria-Geral da República se manifeste sobre o pedido de deputados do PT para que o deputado seja investigado e tenha o passaporte apreendido. 

Em entrevista no último domingo, 2, o deputado disse que há um “jogo combinado” entre Moraes, o PT e a PGR e que a “maior probabilidade” é que seu passaporte seja confiscado. Ele também falou que a medida facilitaria o monitoramento e a execução de uma possível ordem de prisão contra ele.