O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) viajou aos Estados Unidos, para acompanhar a posse do presidente Donald Trump. Em entrevista ao jornal O Globo, ele afirmou que o retorno do republicano à Casa Branca “encoraja” a direita brasileira e “encurrala” o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou: “A eleição do Trump nos encoraja a seguir adiante”.
Eduardo garantiu que os países andam lado a lado em questões políticas. E que o mais importante é o presidente brasileiro não bater de frente com os EUA. “O governo Lula perde o governo Biden como aliado”, disse. “São outros tempos que estão chegando.”
Trump X Lula na visão de Eduardo Bolsonaro
O parlamentar acredita que, caso Jair Bolsonaro estivesse no poder, Trump teria outra posição sobre a relação entre os países. Interpelado depois da posse, o novo presidente norte-americano disse que os EUA não precisam do Brasil.
Porém, de acordo com Eduardo, é necessário contextualizar as palavras de Trump. O deputado lembra que Lula, antes da eleição, disse que torcia para a democrata Kamala Harris. “Ele não tem motivos para sorrir para o Lula.”
Em um evento nos EUA no último domingo, 19, o estrategista Steve Bannon, ex-assessor de Trump, apresentou Eduardo como futuro presidente do Brasil. Interpelado sobre suas pretensões, o deputado disse que se “sacrificaria”, caso fosse escolhido pelo pai. Contudo, ele assegura que vê esses comentários como um elogio, mas que seu plano A, B e C segue sendo Jair Bolsonaro. “Mas, se ocorrer, se for para ser o candidato com ele escolhendo, eu me sacrificaria, sim.”
Sobre nomes da direita que já demonstraram interesse em disputar as eleições presidenciais de 2026, como Pablo Marçal (PRTB) e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), Eduardo tem sua opinião formada. Ele acredita que eles irão apoiar um candidato indicado pelo ex-presidente Bolsonaro.
Ao comentar o nome do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), considerado um dos nomes mais fortes da direita para substituir Bolsonaro no páreo, o deputado diz que daria seu apoio, com a bênção prévia do pai. “Se Bolsonaro mandar, eu apoio qualquer um”, afirmou. “Não vou contestar a liderança dele.”