O vice-prefeito Eduardo Pimentel (PSD) derrotou Cristina Graeml (PMB) na disputa pela Prefeitura de Curitiba. Com 92,67% das urnas apuradas, o político do PSD recebeu 57,34% dos votos contra 42,66% da jornalista.
Pimentel, atual vice-prefeito, liderou o primeiro turno com 33,51% dos votos, enquanto Graeml, em sua primeira candidatura, ficou logo atrás com 31,17%. A diferença entre os dois foi de aproximadamente 22 mil votos. Nenhum candidato alcançou a maioria absoluta, o que resultou na necessidade do segundo turno.
O apoio de ex-candidatos do primeiro turno se dividiu, de maneira que tornou a disputa ainda mais acirrada. Luciano Ducci (PSB), terceiro colocado com 19,44% dos votos, optou pela neutralidade. Ao justificar sua escolha, Ducci alegou que nenhum dos dois finalistas se comprometeu com suas propostas. Já Luizão Goulart, do Solidariedade, declarou apoio a Pimentel, enquanto o União Brasil, de Ney Leprevost, deixou seus integrantes livres para escolher entre os candidatos.
A dipusta entre Eduardo Pimentel e Cristina Graeml
Pimentel se empenhou em apresentar-se como o sucessor natural da atual gestão, liderada por Rafael Greca (PSD). Já Graeml traz uma proposta de mudança, com críticas ao atual governo e ênfase na segurança pública e no combate à corrupção.
Ao saber que uma das rivais na disputa seria Graeml, Pimentel convidou o jornalista e ex-deputado federal Paulo Eduardo Martins (PL) para ser candidato a vice-prefeito na chapa com o PSD. Apesar de ter histórico de atuação conservadora e de suas ideias serem semelhantes às de Cristina Graeml, Paulo Eduardo optou por apoiar a chapa de Pimentel. Com essa decisão, o atual vice-prefeito buscou atrair eleitores conservadores e liberais.
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Antes do primeiro turno das eleições municipais de Curitiba em 2024, Graeml teve uma ascensão significativa nas pesquisas. Inicialmente, sua candidatura estava na casa dos 5% das intenções de voto, mas a jornalista ganhou força nas últimas semanas de campanha — especialmente entre os eleitores conservadores. Esse crescimento recebeu um impulso de figuras públicas importantes e pelo uso estratégico das redes sociais. Até mesmo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) manifestou sua torcida por Cristina Graeml, embora não tenha declarado apoio formal por causa de restrições partidárias.
Nas pesquisas realizadas às vésperas do primeiro turno, Graeml já se posicionava de forma competitiva, alcançando entre 16,8% e 24,8% das intenções de voto. Esse crescimento acompanhou a queda nas intenções de voto do então líder, Pimentel, que enfrentou denúncias de irregularidades na atual gestão. Isso favoreceu Graeml, ao posicioná-la como alternativa “antissistema”.
Essa ascensão reflete uma mudança no cenário político curitibano, tradicionalmente dominado por candidatos de centro-direita e centro-esquerda. Graeml representa abertamente as ideias conservadoras e atrai eleitores insatisfeitos com a política tradicional e com posições firmes em temas como segurança e gestão pública.
Falam que o curitibano é civilizado, mas votam no candidato do sistema.
Pois é. Esperava-mais do eleitor curitibano…
Pois é. Esperava-mais do eleitor curitibano…