O leito mais caro custou, em média, R$ 58 mil por dia
As transações suspeitas envolvendo gastos com saúde estão longe de ser exclusividade dos tempos de Covidão. Segundo o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, a diária dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) no Sistema Único de Saúde gerida por entidades privadas custou, em média, R$ 7,5 mil em 2019. As unidades administradas diretamente pelo setor público, entretanto, ficaram 41% mais caras e consumiram cerca de R$ 10,5 mil a cada 24 horas.
O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo é um caso simbólico. As vagas de UTI que estão sob administração direta do Estado chegaram a custar R$ 58 mil por dia. Já no Instituto do Câncer, também vinculado à instituição, as acomodações de alta complexidade, que são administradas por gestores da iniciativa privada, tiveram um custo diário três vezes menor: R$ 21 mil.
Existem 65 hospitais estaduais paulistas com leitos de UTI. O Estado administra 33 deles e os outros 32 são terceirizados.
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Isso então só vem confirmar que o boato espalhado pela grande mídia canalha sobre a privatização do SUS, apesar de mentiroso é altamente compensador para o governo adotar essa parceria neste setor. Já imaginaram uma redução em média de 2/3 nas despesas com o SUS?