Em dezembro de 2023, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) lançou um edital para a compra de 12,7 mil toneladas de milho. O valor do contrato era de R$ 19,8 milhões. A única empresa participante — e, por consequência, vencedora — foi a ASR Locação de Veículos e Máquinas, uma das quatro ganhadoras do leilão do arroz do governo Lula.
O empreendimento, sediado em Brasília, não tem histórico de comércio de cereais. De acordo com o CNPJ, sua atividade principal é o aluguel de máquinas pesadas. No entanto, alguns bancos de dados listam atividades secundárias que incluem construção de edifícios e até produção de filmes e peças publicitárias.
Assim como no leilão do arroz, a ASR foi representada pela Bolsa de Mercadorias de Mato Grosso e pela corretora Focus, ambas pertencentes a Robson Luiz Almeida de França, ex-assessor do então secretário Neri Geller e sócio de seu filho, Marcelo.
O edital é assinado pelo presidente da Conab, Edegar Pretto, e seu diretor de Operações e Abastecimento, o teólogo Thiago José dos Santos. No documento, a entidade afirma que as 12,7 mil toneladas de milho foram adquiridas a pedido da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional do governo da Bahia.
Os documentos podem ser checados no próprio site da Conab. Na época, Santos argumentou que se tratava da primeira ação realizada no escopo de um acordo de cooperação técnica entre os órgãos, para “enfrentamento da estiagem no Estado baiano”.
Vencedora do leilão de arroz tem ligação com ex-assessor do PT
Além dos resultados suspeitos nos leilões da Conab, a ASR Locação de Veículos e Máquinas tem conexões com um ex-assessor do PT. De acordo com informações levantadas pelo jornalista Claudio Dantas, a empresa pertence a Crispiniano Espíndola Wanderley, sócio de Marcus Holanda, dono do Pros, e de Laylson Augusto de Almeida Campos, ex-assessor do deputado distrital Chico Vigilante (PT).
— Claudio Dantas (@claudioedantas) June 12, 2024
O capital social do empreendimento é de R$ 5 milhões. Conta com 45 funcionários e está enquadrada no Lucro Presumido — o que indica faturamento anual de R$ 4,8 milhões a R$ 78 milhões
Em entrevista ao portal Poder360, publicada em 8 de junho, Espíndola afirmou que as críticas sobre sua empresa não ter o transporte de grãos como atividade principal são uma forma de “boicote” das grandes empresas contra as pequenas que tiveram sucesso no leilão do arroz.
“Ninguém nasce grande”, disse, em entrevista. “A crítica é porque somos pequenos, então por que as grandes não entraram [no leilão]? Ora, porque o agronegócio está contra isso, eles boicotaram, não entraram no leilão e pensaram que ele não seria realizado, mas foi.”
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Imagino que as atividades secundárias foram crescendo à medida foram surgindo licitações! É só questão de tempo surgirem prodição e comércio de aeronaves, lançamento de satélites…
Ó se procurar com seriedade acha jein?
A única surpresa nessa bagaça toda foi saber do cancelamento do leilão (se for mesmo verdade)
Pode roubar à vontade no governo do chefe dos ladrões.
Esse é o Brasil da PIADA PRONTA.