A Enel SP, distribuidora de energia que atende a capital e a Região Metropolitana de São Paulo, terá um novo presidente. Max Xavier Lins pediu a renúncia de seu cargo como diretor-presidente e será substituído por Guilherme Gomes Lencastre. Este último presidia o conselho de administração da empresa.
Há uma semana, uma delegação da Enel vinda da Itália, país de origem da companhia, chegou ao Brasil e teve um encontro rápido com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), em Brasília.
A Enel SP não informou os motivos pelos quais Max Xavier Lins decidiu sair do cargo. Desde novembro do ano passado, o diretor-presidente sofria pressões depois que 2,1 milhões de clientes da empresa ficaram sem energia elétrica na região metropolitana, em razão de um temporal.
Multa e processo da Aneel contra a Enel
A apuração atende a uma determinação do Ministério de Minas e Energia, que citou a série de apagões recentes na cidade de São Paulo. Além disso, a pasta mencionou um “histórico de falhas e transgressões” da empresa privada perante suas obrigações.
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Em âmbito federal, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) multou a Enel em R$ 165 milhões. A agência também deu início a um processo para apurar a possibilidade de extinção do contrato da empresa.
Crise com governos municipal e federal
Segundo comunicado aos acionistas divulgado pela companhia, Damian Papolo, então diretor de Relações Externas e Sustentabilidade da Enel Brasil, foi eleito para presidência do conselho. O comunicado afirma ainda que Xavier Lins vai ocupar novas funções no Grupo Enel.
A Enel SP segue sob crise com os governos municipal e federal desde que as falhas na distribuição de energia se avolumaram. Na capital paulista, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi aberta na Câmara de Vereadores, em novembro de 2023.
Declarações de Antonio Scala
O presidente da Enel Brasil, Antonio Scala, disse, dias depois da abertura do processo, que respeitava as opiniões do poder público. Contudo, acrescentou que existe o respaldo de “contratos robustos” e que está “seguro” dos investimentos anunciados pela empresa para resolver as falhas.
O objetivo da pasta é saber se a Enel descumpriu com o contrato, se tem condições técnicas de seguir com as operações e se atendeu a ordem recente da Aneel para regularizar seus serviços.
Trocaram 6 por meiz dúzia.
Se um não fez nada, o que esperar do outro?
Enel é uma “engana que eu gosto” aliás, desgosto…