Em editorial publicado nesta quarta-feira, 6, o jornal O Estado de S.Paulo criticou o “marco atemporal da insensatez” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O veículo disse que o debate que envolve o direito à propriedade de produtores agrícolas e a demarcação das terras indígenas já é “tenso” com o Supremo Tribunal Federal (STF) “legislando” e o Congresso “confrontando”. E que “só faltava mesmo um piromaníaco”. “Agora não falta mais”, disse o jornal sobre Lula.
Lula foi cobrado durante a Conferência do Clima das Nações Unidas (COP28) a respeito de suas promessas de campanha sobre a defesa dos povos indígenas e seu veto a trechos do projeto de lei que fixa um marco temporal para demarcação das terras indígenas, que pode ser derrubado pelo Congresso.
Estadão diz que Lula usa eventos internacionais para “criminalizar o agronegócio”
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“A gente tem que se preparar para entender que ou construímos uma força democrática capaz de ganhar o Poder Legislativo, o Poder Executivo, e fazer a transformação que vocês querem, ou vamos ver acontecer o que aconteceu com o marco temporal”, disse Lula. “Querer que uma raposa tome conta do nosso galinheiro é acreditar demais”.
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O jornal também criticou Lula por desabonar o Congresso enquanto se ampara nele para aprovar pautas relevantes, e por “usar fóruns públicos internacionais para confrontar grupos de interesse legítimos do seu país e criminalizar o agronegócio”.
Para o Estadão, Lula está se esforçando para “ampliar o confronto” em relação ao marco temporal. “A raposa presidencial costuma buscar os culpados de sempre – isto é, as ‘elites’”, disse o veículo. Lula também foi chamado de “raposa petista” que não consegue “cuidar do próprio galinheiro”.