Em 2024, os ex-presidentes da República custaram aos pagadores de impostos aproximadamente R$ 9 milhões. O levantamento foi feito pelo site Metrópoles, com base em dados da Casa Civil.
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Atualmente morando na China, Dilma Rousseff (PT) teve os maiores gastos, de quase R$ 2 milhões. As despesas incluem salários, gratificações, diárias e passagens de assessores. Fernando Collor de Mello seguiu com R$ 1,8 milhão; Jair Bolsonaro (PL), com R$ 1,7 milhão; e Michel Temer, com R$ 1,4 milhão.
Os direitos dos ex-presidentes
Por lei, os ex-presidentes têm direito a uma equipe de até oito pessoas: quatro seguranças, dois assessores e dois motoristas, além de dois veículos oficiais. As despesas abrangem salários, diárias, passagens aéreas, manutenção de veículos, combustíveis e telefonia.
Seis ex-presidentes utilizam esses direitos: José Sarney, Fernando Collor de Mello, Fernando Henrique Cardoso, Dilma Rousseff, Michel Temer e Jair Bolsonaro. Antes de reassumir a Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva teve despesas de R$ 1,1 milhão em 2021 e R$ 1,7 milhão em 2022, ano de sua eleição presidencial contra Jair Bolsonaro.
Desde abril de 2023, Dilma Rousseff é presidente do Novo Banco de Desenvolvimento dos Brics, com sede em Xangai, na China.
O governo brasileiro não cobre a estadia de Dilma no país asiático. Entretanto, arca com despesas de sua equipe. Em 2024, foram gastos R$ 152 mil com auxílio-moradia e R$ 108 mil em diárias. Indenizações de representação no exterior somaram R$ 111 mil e salários no exterior, R$ 227 mil.
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Jair Bolsonaro, por sua vez, não teve gastos com passagens e diárias internacionais em 2024. Isso ocorre em razão da apreensão de seu passaporte, em fevereiro do ano passado, pela Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal (PF).
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Essa restrição reduziu seus gastos em relação a 2023, quando suas despesas chegaram a R$ 1,9 milhão.
Viagens e gastos de Jair Bolsonaro
Bolsonaro viveu três meses nos EUA no início de 2023 e viajou a Buenos Aires, na Argentina. Na ocasião, ele esteve presente na posse de Javier Milei, junto à sua equipe de segurança.
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As viagens custaram R$ 648 mil em diárias e R$ 109 mil em passagens internacionais. Os assessores e seguranças devem comunicar viagens à Secretaria de Administração da Casa Civil, com as designações publicadas no Diário Oficial da União (DOU).