Por volta das 22h30 da terça-feira 7, a tornozeleira usada pelo jornalista Wellington Macedo começou a bipar. O equipamento de monitoramento disparou um alarme por cerca de um minuto.
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Andressa Macedo, esposa do jornalista, disse que isso nunca havia acontecido antes e, portanto, resolveram filmar o ocorrido e ligar para a Central de Monitoramento Eletrônico (Cime).
“– Você tá onde?
– Estou no apartamento onde eu moro.
– Você não saiu daí em nenhum momento?
– De jeito nenhum.”
Segundo informou um atendente ao telefone, o alerta sonoro foi disparado manualmente pelo agente penitenciário, devido a uma “violação de zona de inclusão”.
O jornalista, no entanto, não saiu de casa.
https://youtu.be/Uq8ERPXmc2c
Caso Daniel Silveira
Situação semelhante ocorreu com o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) durante o período que ele cumpria prisão domiciliar.
Silveira fora acusado de violar o lacre do equipamento por quatro vezes, segundo relatório de monitoramento da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro, em junho.
Recentemente, um laudo da perícia técnica da Polícia Federal concluiu que “não houve rompimento da cinta do equipamento de monitoramento eletrônico”.
Naquele mês, a suposta violação se tornou argumento para o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes revogar a prisão domiciliar do parlamentar e mandá-lo de volta para a cadeia.
Prisão do jornalista Wellington Macedo
Macedo foi preso em setembro deste ano, por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O principal motivo da prisão do jornalista, segundo a defesa, foi a repercussão da reportagem que Macedo gravou com o cantor Sérgio Reis em 12 de agosto e publicada no dia seguinte, pouco depois da prisão do ex-deputado Roberto Jefferson (que segue preso).
Macedo é acusado de convocar “atos antidemocráticos” no dia 7 de Setembro e segue em prisão domiciliar. Segundo Aécio Fernandes, advogado de defesa, a prisão de Macedo não se sustenta, uma vez que é baseada na Lei de Segurança Nacional, foi revogada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
O alarme disparou exatamente na semana em que a defesa pediu autorização do ministro Moraes para que o jornalista possa comemorar o Natal com os filhos, no Ceará. Macedo aguarda a decisão da Justiça.
NÃO ao ataque velado aos chinelos de dedo, sempre que tem matéria sobre tornozeleira aparece um chinelo de dedo; como usuário do “pisante” me sinto discriminado.
Em tempo, nem uso os dos irmãos Batista.