Nesta sexta-feira, 24, o Palácio Campos Elíseos, antiga sede do governo do Estado de São Paulo, recebeu de volta seu mobiliário original. O Acervo Artístico-Cultural dos Palácios é o responsável pela restauração, num projeto que ocorre na semana do aniversário de 471 anos da capital paulista.
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Itens como cadeiras, mesas, lustres, dunquerques e credências estão sendo restaurados sob a supervisão do departamento museológico da Secretaria da Casa-Civil. Especialistas, ”com profundo conhecimento dos materiais”, conduzem o processo de restauro e garantem a preservação das características originais.
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Os móveis, a história e a importância do acervo para São Paulo
Depois da restauração, os móveis serão integrados ao ambiente de trabalho da Secretaria de Justiça e Cidadania, que ocupa o espaço desde 2024. Conforme a curadora do Acervo dos Palácios Rachel Vallego, a iniciativa reforça a conexão entre o patrimônio público e os servidores e contribui para a educação patrimonial.
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“É importante que esses móveis e objetos históricos possam retornar ao Campos Elíseos, trazendo nova vida a esses itens tão simbólicos da história dos nossos Palácios”, afirmou. “Essa ação estreita os laços entre os servidores e o patrimônio público, contribuindo para a educação patrimonial e salvaguarda da história do Estado de São Paulo.”
O Acervo dos Palácios inclui mais de 4 mil objetos históricos, como pinturas, esculturas e mobiliário. Os itens já pertenceram aos Palácios Governamentais, desde o Páteo do Colégio até o Palácio dos Bandeirantes.
O Palácio Campos Elíseos, construído entre 1893 e 1899 por Elias Antônio Pacheco e Chaves, passou a ser a segunda sede do governo, em 1911, até a transferência para o Palácio dos Bandeirantes, em 1965. Atualmente, o local faz parte de um projeto de requalificação urbana.
O projeto do Centro Administrativo dos Campos Elíseos visa a consolidar mais de 50 secretarias e órgãos em um único complexo. Com uma Parceria Público-Privada, a iniciativa busca reduzir custos, aumentar a eficiência e revitalizar a região central. Uma consulta pública está aberta até 24 de fevereiro de 2025 para contribuições da sociedade.