Vice-presidente considerou falta grave declaração do ministro do STF sobre o fato do Exército fazer parte de um genocídio ao batalhar contra a pandemia de coronavírus
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou nesta segunda-feira, que o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), “forçou a barra” e “ultrapassou o limite de crítica” ao dizer que o Exército se associou a um genocídio durante a pandemia do novo coronavírus.
“O ministro Gilmar Mendes não foi feliz. Vou usar uma linguagem do jogo de polo, ele cruzou a linha da bola. Cruzou a linha da bola ao querer comparar com genocídio o fato das mortes ocorridas no Brasil durante a pandemia, querer atribuir essa culpa ao Exército porque tem um oficial-general do Exército como ministro interino da Saúde [Eduardo Pazuello]”, disse Mourão durante videoconferência.
Em abril, Mourão usou a mesma expressão usada no de polo, esporte que pratica, para se referir ao ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
No jogo, “cruzar a linha da bola” é considerada uma falta grave.
“Ele [Gilmar] forçou uma barra aí que agora está criando um incidente com o ministério da Defesa. Há pouco a Defesa soltou uma nota e talvez até acione a Procuradoria-Geral da República”, afirmou o vice-presidente. “A crítica vai ocorrer, tem que ocorrer, é válida, mas o ministro ultrapassou o limite da crítica”.
Ele não cruzou a linha não, ele foi grosseiro com as forças armadas. Palavras claras são importantes nessa hora.. sei que o governo vem fazendo de tudo para pacifi ar o país e isso é positivo mas necessário se faz colocar as coisas em seu devido lugar. Respeito deve ser uma.linga de mao dupla.
Hilmar quer criar uma “cortina de fumaça” para desviar a atenção do escândalo Tóffoli com a Odebrecth, nada mais do que isso.
Fica difícil entender, em uma democracia, um ministro do supremo, dando declarações desconexas e manchando a reputação do próprio STF. Até quando?