Girão: CPI quer fazer 'palanque em cima de caixão'

O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) acredita que a cúpula da CPI da Covid está esperando o Brasil chegar à marca de 600 mil mortos para “fazer palanque em cima de caixão”.

O parlamentar fez referência a uma “cerimônia de encerramento” que está marcada para acontecer no Senado no dia 19 de outubro. Segundo o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), o evento será em homenagem às vítimas da pandemia.

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“A CPI tem uma celebração marcada, com o objetivo de fazer uma apoteose. Acho que estão esperando chegar aos 600 mil mortos; isso é triste porque é fazer palanque em cima de caixão. Usar a vida das pessoas com esse tipo de fim não é correto”, disse Girão.

O parlamentar é o autor de um dos requerimentos que deram origem à CPI, mas que foi ignorado. Nele, está previsto que sejam apuradas denúncias de irregularidades envolvendo recursos federais repassados a Estados e municípios.

Instrumento “político-eleitoreiro”

O senador disse que a comissão se transformou em um instrumento “político-eleitoreiro” para antecipar o calendário eleitoral de 2022. “Surgiram três candidatos à Presidência da República dentro da comissão”, pontuou Girão.