A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) afirmou nesta quarta-feira, 5, que seu principal objetivo à frente da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) será estabelecer alianças para a eleição de 2026. Ela, que é presidente nacional do PT, se prepara para se afastar da Câmara para assumir o comando do órgão que tem status de ministério no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
+ Leia mais notícias de Política em Oeste
Em entrevista ao portal g1, do Grupo Globo, a futura ministra da SRI disse que está comprometida com o pleito do próximo ano. Ela ressalta que vai focar na articulação política e na garantia de acordos para a corrida eleitoral.
Apesar das críticas, a deputada nega o risco de um conflito com o ministro da Fazenda, o também petista Fernando Haddad. Ela destaca que não foi nomeada “para tratar de economia”, mas “para cuidar da articulação política” do governo.
Gleisi costuma discordar das decisões de Haddad, especialmente em política fiscal e corte de gastos. Mesmo assim, disse ter procurado o ministro logo depois de sua nomeação. Eles devem se reunir para alinhar estratégias e reduzir possíveis atritos.
Saída de Gleisi gera impasse no PT
A nomeação de Gleisi para a SRI abriu disputa pela presidência do Partido dos Trabalhadores. Os favoritos são José Guimarães, líder do governo na Câmara e deputado federal pelo Ceará, o senador Humberto Costa, de Pernambuco, e Edinho Silva, ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social no governo Dilma e ex-prefeito de Araraquara (SP). O partido ainda não definiu um sucessor.
Na disputa pelo comando do PT, Lula demonstra preferência por Edinho, destacando sua “habilidade política e experiência administrativa”. Aliados desaconselharam o presidente da República a considerar Guimarães para o cargo.
+ Leia também: “Gleisi nega estar em ‘guerra’ e refuta interferência na economia do governo Lula”