Deputados ‘bolsonaristas’ vão apoiar candidatos afinados com a agenda defendida por Bolsonaro
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O presidente Jair Bolsonaro deixou claro que não pretende apoiar nenhum candidato a prefeito nas eleições deste ano. Mas isso não significa que ele deixar de construir apoio político nos municípios. Mesmo sem a homologação do Aliança pelo Brasil pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o governo fará candidatos na esteira de deputados aliados na Câmara.
As candidaturas estão sendo articuladas indiretamente pelos deputados “bolsonaristas”. Por serem da base de apoio de Bolsonaro, os deputados vão usar sua imagem para apoiar candidatos com o perfil do presidente. Serão escolhidos candidatos afinados com a agenda defendida pelo Aliança.
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O presidente não vai fazer apoio de forma explícita, mas, nos bastidores, aliados dizem que Bolsonaro tem suas preferências e acabará dando uma opinião ou outra. Mas não fará associação direta com candidatos. A confiança é o motivo principal. A ruptura com o PSL e os governadores de São Paulo, João Doria (PSDB), e do Rio, Wilson Witzel (PSC), são os principais exemplos.
Confiança
Os deputados do PSL, Doria e Witzel foram eleitos na esteira do “bolsonarismo”. Por conta da falta de confiança em candidatos a apoiar, Bolsonaro não cogita apoio explícito e direto. O deputado federal Márcio Labre (PSL-RJ), da ala de apoio ao presidente, explica, contudo, que isso não significa que ele estará sozinho nas eleições municipais.
O parlamentar é um dos deputados que vai levantar a bandeira de Bolsonaro e do Aliança pelo Brasil no lugar do presidente no Rio de Janeiro. “Eu compreendo os motivos dele. Até gostaria que ele fizesse alguns apoios mais explícitos, mas compreendo e respeito. E vamos seguir mantendo essa linha de subir no palanque daqueles que nós apoiamos e que, indiretamente, transmitiremos uma mensagem que são candidatos bem vindos pelo presidente”, sustenta.