Data de lançamento foi bancada por secretário de Guedes a empresários. Medida é importante para liberar R$ 15,9 bilhões de crédito a micro e pequenas empresas. Empresários também aguardam reunião com chefe da equipe econômica
O governo pode lançar ainda nesta segunda-feira, 25, a regulamentação da linha de crédito criada pelo Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), que vai liberar R$ 15,9 bilhões em créditos subsidiados e garantidos pelo Tesouro.
A projeção foi feita pelo secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec) do Ministério da Economia, Carlos da Costa. Ele conversou por videoconferência com representantes de entidades de comércio e serviços na quinta-feira, 21, e se comprometeu a levar o pedido de uma reunião com o chefe da equipe econômica, Paulo Guedes.
Os empresários aguardam uma reunião com Guedes para conversar sobre a execução da tomada de crédito do Pronampe e quais medidas o governo apresentará para auxiliar médias e grandes empresas. A expectativa é que as iniciativas da equipe econômica possibilitem garantias para a tomada de crédito com até 100% de garantias do Tesouro.
A reunião com Guedes ainda será confirmada, mas a entrega por parte da equipe econômica da regulamentação do Pronampe está garantida. É o que garante o presidente da União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs), George Pinheiro. “Carlos [da Costa] nos disse que ela deve estar pronta e estão trabalhando nisso para segunda-feira”, diz.
Garantias
A regulamentação é bem trabalhada pelo governo para assegurar acordos com os bancos a fim de evitar problemas mais a frente. “Para que não saia uma regulamentação e depois os bancos digam que eles ainda têm que se adaptar a ela. Essa regulamentação está sendo feita em conjunto para, quando for publicado, esteja acordado com todos”, explica Pinheiro.
O pleito dos empresários com a regulamentação é assegurar, na prática, uma quase integral garantia do Tesouro às operações de crédito. “A grande vantagem da medida é que nós incluímos os recursos do FGO [Fundo Garantidor de Operações (FGO)], desse fundo que o governo criou, que, na realidade, você vai ter, basicamente, 100% de garantias. O problema é como isso chega nos bancos”, destaca o presidente da Unecs.