A Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (Creg) do governo federal se reuniu nesta sexta-feira, 15, e avaliou que as medidas excepcionais que vem sendo adotadas para evitar racionamento seguem sendo necessárias para os próximos meses.
Ontem, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que iria determinar ao Ministério de Minas e Energia que a bandeira voltasse “ao normal a partir do mês que vem“. Mas a eventual suspensão da bandeira de escassez hídrica, patamar mais alto de cobrança extra na conta de luz, não foi mencionada no comunicado oficial divulgado pelo ministério após a reunião da Creg.
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Instituída em junho deste ano por medida provisória, a Creg é composta pelos ministérios de Minas e Energia; da Economia; da Infraestrutura; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; do Meio Ambiente; e do Desenvolvimento Regional.
A principal atribuição do colegiado é adotar medidas emergenciais e para garantir a continuidade e a segurança do suprimento de energia elétrica no país.
Chuvas
Durante a reunião, foi apontado o aumento das chuvas no país, especialmente na Região Sul. Há expectativa de ocorrência de chuvas em maiores volumes nas regiões Sudeste/Centro-Oeste no curto prazo.
No entanto, segundo o governo, apesar do aumento das chuvas, “a situação ainda requer atenção, fato também impactado pelas atuais condições do solo, bastante seco, e, portanto, maiores dificuldades de transformação das chuvas em vazões, ou seja, em volumes significativos de água que chegam nos reservatórios do país”.
A Creg decidiu, diante dos resultados apresentados, manter as flexibilizações hidráulicas nas usinas hidrelétricas Jupiá e Porto Primavera no próximo período úmido, entre os meses de novembro/2021 e fevereiro/2022, acatando encaminhamentos sugeridos do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico. Essas medidas servem para reduzir a vazão dos reservatórios das usinas para evitar seu rebaixamento.
Com informações da Agência Brasil